sexta-feira, 22 de maio de 2020

Os Henriques de Matos da Casa das Morgadas- Casal de Cima







                            Casa das Morgadas



1 António Henriques de Matos -Nasceu nas Tulhas a 21 de Dezembro de 1797,filho de Maria Luísa Teresa de Matos e Manuel Henriques de Vide .Teve vários irmãos,um deles o Padre José António Henriques de Matos,ordenado em 1825,Coadjutor de Alvares em 1839 e Ordenado Capelão do Regimento de Milícias de Arganil em 1832.
Casou com Senhora do Morgado de São José de Borreis,Josefa Maria Gonçalves,filha de António Gonçalves e Maria Josefa Antão Tavares,nascida a 5 de Maio de 1806,e batizada a 7 de Maio do mesmo mês e ano.Neta paterna de Tomé Gonçalves do Machio de Baixo e sua mulher Isabel Antão,do Casal de Cima,e neta materna de Manuel Tavares da Mota do Casal de Diogo Vaz e Maria Josefa Antunes, de Fonte Limpa.
Josefa foi herdeira de seu tio materno Manuel Antão, de Borreis, Procurador do Concelho de Alvares, e Senhor do Morgado de São José de Borreis.
Contrairam casamento no dia 14 de Junho de 1820 na Capela de Santa Margarida,depois de dispensados do terceiro grau de parentesco,tinha a noiva 14 anos.
António Henriques de Matos foi importante proprietário rural,e Monteiro-Mor de Alvares,talvez o último, em 1824.
A profissão de Monteiro-Mor remontaria aos princípios da monarquia portuguesa, quando se tem notícia do cavaleiro Rui Monteiro, Monteiro-mor de D. Afonso Henriques; os genealogistas o consideram como primeiro portador atestado do apelido. O Monteiro-mor, do Reino ou local, era o funcionário real responsável por superintender ao domínio público: rios, florestas, e em especial às caçadas e coutadas. D. João I de Portugal levava o assunto tão a sério que chegou a escrever um tratado sobre o tema ,o Livro da Montaria, sobre o "jogo dos reis", ou seja, as coutadas reais. O ofício de Monteiro estaria ligado à origem, em tempos modernos e com a evolução académica, da profissão de engenheiro florestal.
Do seu casamento com Josefa Maria Gonçalves, nasceriam diversos filhos, todos no Casarão do Casal de Cima onde residiram e serviu de berço a uma ínclita geração.
Toda a prole do casal foi bastante importante e poderosa na região,não só em Alvares, mas igualmente na Pampilhosa da Serra, possuindo abastada riqueza.António Henriques de Matos foi sogro e avô de Presidentes da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra,e avô de um Presidente da Câmara Municipal de Benavente e Bisavô de um Presidente da Câmara Municipal de Coruche.
António Henriques de Matos faleceu a 24 de Setembro de 1846,no Casal de Cima.

1.1-Antonio Henriques de Matos- Nasceu no Casal de Cima e foi batizado a 16 de Agosto de 1821 em casa por necessidade pelo Reverendo Padre Manuel Barata Lima de Santa Margarida.À data do seu nascimento tinha a sua mãe 15 anos.
Foram Padrinhos os tios Manuel Henriques de Matos e Maria Luiza Henriques de Matos.Foram testemunha José Fonseca de Carvalho, Escrivão de Orfãos de Alvares e o Padre Coadjutor Joaquim da Fonseca Arnault.Faleceu a 23 de Janeiro de 1846.

1.2-Maria Rita Henriques de Matos- Nascida a 14 de Janeiro de 1823, e batizada a 18 do mesmo mês e ano.Morreu em Janeiro de 1880. Foram seus Padrinhos António Gonçalves e Maria Luiza.Casou com António Joaquim Alves da Silva, da Quinta do Vale Covo, na Pampilhosa da Serra, numa cerimónia realizada em 5 de Fevereiro de 1850 na Capela de São José em Fonte Limpa. A dita capela, terá sido cabeça de um vínculo do qual foi Administradora, por nomeação ou por herança, a Senhora Morgada D. Josefa Maria Gonçalves. António, seu marido, três anos mais velho, faleceu em 1879 e foi Presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra entre 1849-1851, Subdelegado do Procurador Régio e nomeado Escrivão da Fazenda em 1863. Possuía abastada fortuna. Tiveram diversos filhos:
1.2.1.José Maria Henriques da Silva- Nasceu no Casal de Cima a 31de Janeiro de 1851. Foi batizado a 5 de Fevereiro de 1851,na Igreja de Nossa Senhora do Pranto, na Pampilhosa da Serra, pelo Padre José Alves Henriques de Carvalho, seu tio materno e Padrinho. Fez os seus estudos na Universidade de Coimbra,formando-se em Direito em 1874, nesse mesmo ano e com apenas 23 anos assumiu o cargo de Presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa até 1879, cargo ocupado por seu pai anos antes. Foi Administrador do Concelho de Pampilhosa no período de 1881- 1883. Nesta data foi nomeado Conservador do Registo Predial de Benavente. Os novos desafios profissionais levaram-no a fixar residência naquela vila Ribatejana de forma definitiva onde novamente a vertente politica teve destaque importante na sua vida filiando-se no Partido Regenerador de João Franco e acompanhando-o na dissidência. Foi eleito presidente da Câmara de Benavente. Em 1886, casou com D. Maria Bernardina Ribeiro Teles, na localidade de Santo António do Couço, no concelho de Coruche, onde se instalou. Tiveram numerosa descendência.
Após a implantação da República deixou os cargos que desempenhava em Benavente para se consagrar à agricultura, em cuja atividade obteve elevado prestígio tendo sido considerado o maior e mais próspero lavrador do concelho de Benavente. Foi um extraordinário benfeitor que utilizou muitos dos seus recursos em diversas obras de beneficência e jamais esqueceu a sua terra natal, Pampilhosa da Serra e Chã de Alvares que visitava com regularidade para matar saudades do seu tio e protetor, o Padre José Maria de quem recebeu parte significativa da herança. Os bens ficaram durante anos na posse da família. A ele o povo chamava “O Alentejano” e após a sua morte ao que lhes pertencia dizia o povo que era dos “Benaventes” Faleceu a 18 de Dezembro de 1944 em Santo António do Couço.

José Maria Henriques da Silva e familia


1.2.1.1-António Ribeiro Henriques da Silva-Nasceu a 18 de Dezembro de 1887no Monte da Amoreira Alta-Couço. Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra em 1912.Casou com Irma Garcia Henriques da Silva.
1.2.1.1.1-Maria Imaculada Garcia Henriques da Silva-Nasceu no Couço a 26-10-1919
1.2.1.1.2- Maria Irma Garcia Henriques da Silva-Nasceu a 22 de Agosto de 1922.Casou no Couço com José Coutinho Rebelo.
1.2.1.1.3-José António Maria Garcia Henriques da Silva -Nasceu a 9-6-1924
1.2.2 - António Maria Henriques da Silva-Nasceu a 16 de Julho de 1853 nas Tulhas e foi batizado na Igreja de Nossa Senhora do Pranto da Pampilhosa da Serra. Homem de notável inteligência foi Bacharel em Filosofia e Matemática e Doutor em Medicina pela Universidade de Coimbra, onde nos três cursos foi o aluno mais classificado. Escreveu “Tuberculose Externa e Infeção Purulenta”. Segundo o Doutor Eduardo Abreu era o aluno da Universidade que mais sabia de Medicina, no seu tempo. Foi médico no Concelho de Coruche durante mais de trinta anos. Casou-se a 24 de Abril de 1884, com Maria Salomé Garcia.Faleceu a 7 de Dezembro de 1914.
1.2.2.1-Alberto Garcia Henriques da Silva -Casou com Guilhermina Lobato Gonçalves Terra
1.2.2.2- Irma Garcia Henriques da Silva – Nasceu a 10 de Março de 1892.Casada com o primo António Ribeiro Henriques da Silva.
1.2.2.3-António Garcia Henriques da Silva -Nasceu a 9 de Fevereiro de 1895 na Freguesia do Couço.
1.2.2.4 -Antónia Garcia Henriques da Silva- Casou com Joaquim Prates Ribeiro Telles, Médico e Presidente da Câmara Municipal de Coruche.
1.2.3- Maria da Piedade Henriques da Silva - Nasceu em 15 de Outubro de 1854 em Pampilhosa da Serra, e aí na Igreja Matriz foi batizada a 23 de Outubro. Casou aos 37 anos com César Baptista Cunha de apenas 22 anos , natural da Freguesia do Vidual, filho de Augusto Baptista de Almeida e sua esposa Antónia Antunes do Rosário, no dia 17 de Setembro de 1891. À data do casamento, o seu esposo era Chefe da Estação de Telégrafos da Vila de Pampilhosa da Serra. Foi educado no Colégio do Piódão que lhe permitiu o nível de conhecimento para ir muito mais longe a nível profissional. Foi Diretor dos Correios em Braga, em Leiria e anos mais tarde nos Restauradores em Lisboa. A vida do Casal era feita entre a Pampilhosa ,Casal de Cima, e o Vale Côvo onde passavam largas temporadas na velha Quinta da família onde nascera o seu pai.
Talvez devido á grande diferença de idades entre os dois o casal acabaria por se divorciar, tendo Maria da Piedade ido viver para a casa de suas tias Morgadas no Casal de Cima. César Baptista da Cunha ,faleceu na cidade de Setúbal, a 11 de Novembro de 1943.



Maria Piedade Henriques da Silva e marido, César Baptista da Cunha




1.2.3.1- Maria Adelina Henriques da Silva Baptista - Nasceu na Vila de Pampilhosa da Serra a 14 de Outubro de 1892.Foi seu Padrinho o Padre José Henriques de Matos e Augusto Batista de Almeida. Devido á separação dos seus pais foi interna do Colégio das Ursulinas, com as despesas pagas pelo seu tio José Henriques da Silva. Casou na povoação com o proprietário Manuel das Neves,(1891-1937),filho de João das Neves,(1861-1936) e Maria José.
Maria Adelina faleceu ainda nova na década de trinta. Deixou filhos:
1.2.3.1.1-Maria Silvina Baptista das Neves- Nasce n inicio da década de vinte no Casal de Cima. Casou com Dr. José Maria do Amaral. Tiveram a:
1.2.3.1.1.1- José Neves do Amaral
1.2.3.1.1.2- Graça Filomena Neves do Amaral
1.2.3.1.2-António César Batista das Neves –Nascido em 1926 no Casal de Cima. Licenciado em Direito pela U.C. Casou com Maria Lídia Medeiros Pimenta. Tiveram a : Henrique Manuel, Maria Lídia; Maria Luísa; Pedro Miguel
1.2.3.1.2.1-.Henrique Manuel Medeiros Neves
1.2.3.1.2.2- Maria Lídia Medeiros Neves
1.2.3.1.2.3- Maria Luísa Medeiros Neves
1.2.3.1.2.4- Pedro Miguel Medeiros Neves
1.2.3.1.3– Manuel Baptista das Neves-Nasceu a 8 de Dezembro de 1928 no Casal de Cima. Licenciado em Engenharia pela Universidade do Porto. Trabalhou no Ministério das Obras Públicas sendo responsável pela construção da Ponte sobre o Rio Sorraia do Couço para St Justa. Foi Administrador da Soporcel. Casou com Ana Maria Bacelar Azevedo Menezes. Tiveram a ;
1.2.3.1.3.1- Afonso Menezes Neves
1.2.3.1.3.2- Ana Menezes Neves.
1.2.3.2 -Maria Alice Henriques da Silva Batista- Nasceu na Vila de Pampilhosa da Serra a 17 de Fevereiro de 1896. Foi Batizada pelo Padre Benjamim Dias de Carvalho a 10 de Julho do mesmo ano, na Igreja Paroquial da Vila da Pampilhosa. Viveu durante vários anos no Casal de Cima onde ainda hj é recordada. Dona de particular beleza e educação casou com o seu primo Bacharel de Direito pela Universidade de Coimbra Fernando Falcão Ladeira, a 24 de Novembro de 1915. Formaram um insigne casal da povoação sendo ambos descendentes e possuidores de abastada fortuna familiar.
Viveu até aos primeiros anos da década de oitenta dividindo a sua vida entre a sua casa de Coimbra,cidade onde vivia ,movimentando-se muito bem entre a burguesia e classe alta local, e a abastada casa que junto ao seu esposo construiu no Casal de Cima, local onde a sua figura elegante se distinguia.
Ficou viúva muito cedo ,no ano de 1946,tendo ficado a cargo de seu filho Fernando Baptista Falcão Ladeira,acometido por problemas mentais.Teve ainda uma filha , de nome Irene Falcão, que faleceu com apenas 24 anos,em 1945. Mantinha o hábito regular de visitar a sua casa em Chã de Alvares,nunca por muito tempo devido ao mal que padecia o seu filho.
A 20 de Agosto de 1981, em virtude de uma queda, faleceu na Cidade de Coimbra. Poucas semanas depois faleceria o seu filho,que nunca chegou a ter conhecimento do falecimento da progenitora.
1.2.3.2.1- Fernando Baptista Falcão Ladeira - sem descendência
1.2.2.2.2- Maria Irene Falcão Ladeira- sem descendência
1.2.4 - Francisco Henriques da Silva- Nascido a 12 de Março de 1859.Foi batizado a 23 de Março de 1859,e foram seus padrinhos o Prior Francisco Ignácio Freire e sua tia irmã Maria Cândida Henriques de Matos.
1.3-Joaquina Gonçalves- Nasceu no Casal de Cima,foi batizada a 2 de Fevereiro de 1825 pelo Padre Manuel Barata Lima .Foram seus Padrinhos José Domigues de Matos, representado pelo Dr.José de Matos de Celavisa e a avó materna, Maria Josefa Tavares.Faleceu solteira a 11 de Setembro de 1885 no Casal de Cima.
1.4-Justina Henriques de Matos- Foi baptizada a 19 de Julho de 1827.Foram seus Padrinhos Antonio Gonçalves e Maria Josefa, do Casal de Cima. Casa a 28 de Agosto de 1855 com Manuel Lopes Falcão, alfaiate,da aldeia de Amioso Cimeiro (1829-1882),filho de Francisco Falcão e Maria Henriques. Fixaram residência no Casal de Cima onde construiram uma casa anexa á Casa do Pátio. Faleceu em 1901.
Deste casamento nasce:
1.4.1- Maria Encarnação Henriques de Matos Falcão –Nasceu a 13 de Junho de 1856, morreu solteira a 28 de Setembro de 1885,com vinte e sete anos vitima de uma vaga de cólera na povoação.
1.4.2 - Manuel Henriques Lopes Falcão -Nasceu a 22 de Maio de 1859.Batizado a 27 de Maio de 1859.Foi apadrinhado pelos seus tios maternos,Manuel Henriques de Matos e Joaquina Gonçalves. Jovem inteligente e empreendedor, após frequência na Universidade de Coimbra, instala-se no Porto, onde se estabelece como comerciante em meados de 1880, criando vasta riqueza. Morreu solteiro em 1912,naquela cidade. Teve como seu herdeiro universal o seu sobrinho Fernando Falcão Ladeira.
1.4.3- Amália Assunção Henriques de Matos Falcão- Nasce a 17 de Dezembro de 1861,no lugar de Casal de Cima.Batizada na Igreja Matriz de Alvares a 23.12.1861.Foi seu Padrinho o Padre José Maria Henriques de Matos a madrinha Costança Henriques de Matos.Casou com Manuel Maria Lopes Ladeira,filho de João Lopes Ladeira e Ana Barata Lima, todos do Casal de Cima. Faleceu a 2 de Maio de 1945.
1.4.3.1- Fernando Falcão Ladeira- Nascido a 20 de Maio de 1894.Foi batizado pelo seu tio materno, Padre José Maria Henriques de Matos, por necessidade no dia em que nasceu e posteriormente a 29 de Outubro desse mesmo ano pelo Padre Joaquim Garcia de Almeida, na Igreja Matriz de Alvares. Foram os seus Padrinhos, o Padre José Henriques de Matos e a sua irmã Maria Cândida, seus tios maternos. Estudou no Colégio de São Pedro em Coimbra e formou-se em Advocacia na Universidade de Coimbra. Foi Notário na Vila da Pampilhosa até se fixar posteriormente em Coimbra. Casou-se com Maria Alice Henriques da Silva, em Alvares a 24 de Novembro de 1915.
Foi um dedicado regionalista, lutando por diversos benefícios na povoação. Faleceu a 21 de Julho de 1946,na Freguesia de Santo António dos Olivais em Coimbra.
1.4.3.1.1- Fernando Batista Falcão Ladeira-1917-1981-Morreu Solteiro
1.4.3.1.2 -Maria Irene Falcão Ladeira-1921-1945-Morreu solteira
1.5-Manuel Henriques de Matos- Nasceu a 23 de Abril de 1829,Faleceu a 14 de Fevereiro de 1903 no Casal de Cima, solteiro. Foi chefe dos Progressistas no Município de Góis. No seu Testamento deixou 50 escudos para serem distribuídos pelos mais pobres da freguesia de Alvares.
1.6-Umbelina Henriques de Matos-Nasceu no Casal de Cima ,e foi batizada a 10 de Dezembro de 1830. Faleceu solteira a dois de Janeiro de 1852
1.7-Ludovina Henriques de Mattos- Nasceu no Casal de Cima em 1833,tendo sido batizada a 13 de Maio desse mesmo ano pelo Padre Joaquim da Mota Arnault da Fonseca. Foi seu Padrinho o Vigário de Oleiros ,José Gonçalves . Foi casada com António Francisco Mendes negociante do lugar de Soeirinho, na Pampilhosa da Serra onde chegou a Vereador da Câmara Municipal. Ludovina Faleceu no Soeirinho a 19 de Novembro de 1915 dias depois de seu marido que faleceu a 9 do mesmo mês e ano.

António Francisco Mendes Júnior e esposa Maria Rosária



1.7.1- António- Nascido a 21 de Junho de 1860. Faleceu em 1863. Foi seu padrinho, António Maria Henriques de Matos, nesse ano estudante de Latim em Pampilhosa da Serra.
1.7.2- António Francisco Mendes Júnior- Nascido a 3.5.1864,foi batizado na Igreja Matriz da Pampilhosa por pelo Padre José Henriques de Matos em 4.5.1864. Casou com Maria Rosaria , filha de José Vicente e Rosaria Maria do Soeirinho. Faleceu a 19.7.1939 no lugar de Soeirinho. Tiveram a :
1.7.2.1- Rosalina Mendes- Batizada a 24 de Outubro de 1887. Foram seus padrinhos os avós paternos. Casou com Joaquim Fernandes e faleceu no Soeirinho a 31 de Dezembro de 1946.
1.7.2.2- Maria Amália Mendes - Batizada a 7 de agosto de 1889. Foram seus Padrinhos Daniel Francisco Mendes, e Ludovina Henriques de Matos. Casou a 4 de Janeiro de 1910 com Gil De Almeida. Faleceu em 1977.
1.7.2.3- Salomé dos Santos - Batizada a 1 de Novembro de 1892. Foram seus Padrinhos Francisco Henriques da Cunha, guarda Fiscal em Arganil, trocado por Procuração por César Batista da Cunha e Rosalina Henriques de Matos. Casou com Abílio Fernandes Baeta 20 de Setembro de 1919. Faleceu no dia 4 de Setembro de 1977 na Freguesia de Santo Estevão, de Lisboa. Viveram nas Escadinhas do Arco da Dona Rosa 11 2º.
1.7.2.4- Alberto Mendes -Batizado a 29 de Setembro de 1896. Foram seus Padrinhos Manuel Henriques de Matos e Maria Cândida, seus tios maternos, solteiros. Casou com Maria Amália a 16 de Fevereiro de 1922. Faleceu em Lisboa na Freguesia de São José a 1 de Julho de 1974.
1.7.3 - Maria Amália Henriques de Matos- Nascida a 23 de Dezembro de 1861, foi batizada na Igreja Paroquial de Pampilhosa da Serra a 1 de Janeiro de 1862, sendo o seu Padrinho o tio Materno Daniel Francisco Mendes, e madrinha Maria Cândida Henriques de Matos. Casada a 5 de Maio de 1880 na Igreja Matriz de Pampilhosa da Serra com Francisco Henriques da Cunha, alfaiate, filho de Manuel Henriques da Cunha e Maria Rita. Tiveram filhos:
1.7.3.1- Rosalina Henriques de Matos Cunha- Nasceu a 11 de Abril de 1881 na Vila de Pampilhosa da Serra. Foi batizada pelo Padre Vicente Dias de Carvalho a 12 de Junho na Igreja Paroquial de Pampilhosa da Serra . Foram seus Padrinhos, Ludovina Henriques de Matos e seu esposo António Francisco Mendes . Casou com Manuel Santos Ferreira, (1879-1952) professor em Paradela da Cortiça, Góis e Alvares e presidente da Junta e Juiz de Paz de Alvares. Foi professora em Alvares durante vários anos. Faleceu na cidade do Porto em Março de 1958, com 77 anos. Ficou sepultada junto ao seu marido no cemitério da Vila de Alvares, a vila onde durante 30 anos foi Professora Primária.
Foram pais de:
1.7.3.1.1- Anselmo Santos Ferreira - Nasce em Alvares a 3 de Fevereiro de 1902,onde os seus pias eram professores primários. Terminou curso de Professor Primário em 1924,tendo começado a dar aulas em Pombeiro da Beira onde casou com Filomena Sanches de Frias. Ao longo de 46 anos de serviço lecionou na Pampilhosa da Serra, Bordeiro, Montemor-o-Velho. Depois de ficar viúvo reconstituiu família e foi morar para Soure onde faleceu a 7 de Janeiro de 1986.Tiveram a:
1.7.3.1.1.1-Maria Manuela Frias Santos Ferreira,
1.7.3.1.1.2-Gabriela Frias Santos Ferreira
1.7.3.1.2- Albertino dos Santos Ferreira-Professor de Filosofia, Nascido no ano de 1913 em Alvares. Casou com Marcela Francisca Lança, Prof.do Ensino Primário. Faleceu em Portimão. Tiveram a :
1.7.3.1.2.1-Maria Alice Lança Santos Ferreira
1.7.3.1.2.2-Maria Albertina Lança Santos Ferreira
1.7.3.1.2.3-Jorge Manuel Santos Ferreira.
1.7.3.1.2.1- Jorge Manuel Lança Ferreira -Casou em 1ªNupcias com Maria Amélia Leite Freitas, de quem teve a :
1.7.3.1.2.1.1-Vanessa Freitas dos Santos Ferreira
1.7.3.1.2.1.2-Vasco Jorge Freitas dos Santos Ferreira
Casou em 2ª Núpcias com Sónia Maria Bergamo Christino .Tiveram a :
1.7.3.1.2.1.3-Jorge Christino Santos Ferreira.
1.7.3.1.3- Aida dos Santos Ferreira- Funcionaria do Governo Civil do Porto. Casada com Artur Pinheiro, Militar de Infantaria. Tiveram a Artur Santos Ferreira Pinheiro
1.7.3.2 -Ernestina Henriques de Matos e Cunha-Nasceu em Arganil da 20 de Maio de 1893,batizada a 9 de Junho de 1893,na Igreja Matriz de Arganil. Foram seus Padrinhos o Padre José H. da Matos ,e de Rosalina Henriques de Matos e Cunha, sua irmã. Casou em São Martinho do Bispo com António Simões Peixoto a 19 de Maio de 1921. Faleceu na freguesia de Cernache, Município de Coimbra, a 16 de Abril de 1963.

1.8-Maria Cândida Henriques de Matos- Batizada a 21 de Dezembro de 1835,poucos dias depois do seu nascimento no Casal de Cima. Viveu toda a vida em Chã de Alvares, onde faleceu solteira. Morou nos últimos anos da sua vida com o irmão o Padre José Maria Henriques. Faleceu a 19 de Agosto de 1920
1.9-Constância Henriques de Matos - Nasceu a 6 de Novembro de 1837 ,batizada a 14 desse mês, tendo como Padrinhos Manuel Henriques e Maria Luiza Henriques de Matos ,das Tulhas. Morreu solteira no casal de cima, a 23 de Setembro de 1930,na casa onde sempre viveu a Casa do Pátio, em Casal de Cima, foi a última da irmandade a falecer.
1.10-José Maria Henriques de MattosPadre em Chã de Alvares- Nasceu a 9 de Julho de 1840, na Casa do Pátio em Casal de Cima, onde viviam os seus pais. Foi ordenado em 1859, tendo sido Pároco em Pessegueiro, onde residiu até finais de 1867, posteriormente foi Coadjutor na freguesia de Alvares. Passou então a habitar no Casal Diogo Vaz numa antiga casa dos Mota, que renovou, tendo no reboco exterior do imóvel mandado pintar duas Cruz Florenciadas, cujos vestígios ainda são visíveis. Ali viveu ,sendo um grande apoio da sua prima Maria Encarnação, viúva de Manuel da Mota, que vivia num casarão vizinho.
Foi Presidente de Junta de Freguesia em Alvares no período de 2/1/1918 a 7/9/1919, sucedido posteriormente por Álvaro Cortez Rebelo. Com o falecimento de Maria da Encarnação em 1918,recebeu em herança a casa que ficou conhecida como a Casa do Padre, por ali ter habitado o seus últimos anos de vida .
O Padre José Maria faleceu já bastante idoso no dia 15 de Dezembro de 1924, na aldeia onde sempre viveu. Estava então aos cuidados duma criada e de sua irmã Dona Constância. Deixou aos seus sobrinhos uma das maiores fortunas da região, além de uma imensidão de terrenos tinha ainda de Seu dois casarões no Casal de Diogo Vaz, a Quinta do Porto da Telhada e a casa dos seus pais no Casal de Cima.
Chegaram ao dias de hoje , por tradição oral que o velho Padre , não permitia que as mulheres para ele trabalhassem estando em período menstrual, cuidando sempre de ter uma encargada para revisar as moças antes de elas iniciarem a jorna. 


Padre José Maria Henriques de Matos

1.11-Fortunata Gonçalves -Nascida a 24 de Fevereiro de 1845.Tinha menos de dois anos quando faleceu o seu pai. O seu irmão mais velho tinha 24 anos quando nasceu. Morre solteira Vitima de uma epidemia de varíola a 9 de Agosto de 1885.


Fontes:
Registos Paroquiais
Memórias e Raízes da Família Henriques da Silva




quarta-feira, 20 de maio de 2020

Os Henriques de Matos da Quinta da Carrasqueira


                            Família Henriques de Matos
  



Ramo da Quinta da Carrasqueira

Uma das famílias mais importantes da aldeia de Chã de Alvares, ao longo de todo o século XIX e inicio do século XX, foi certamente a família Henriques de Matos.
A origem desse apelido na aldeia data de finais do século XVIII, mais precisamente a 16 de Setembro de 1793 ,data do casamento de Manuel Henriques de Vide, nascido nas Tulhas a 11 de Abril de 1751,filho de António Lopes de Vide, do Covão e Ângela Tavares da Mota, do Casal de Diogo Vaz, com Maria Luiza de Matos, nascida em Celavisa a 6 de Maio de 1762, filha de José Francisco dos Santos, do Casal do Gago, em Poiares, e de sua mulher Luiza Tereza de Matos de Celavisa, onde eram moradores.
Do matrimónio nascem os seguintes filhos:
1.1-António Henriques-Vereador da Câmara Municipal de Alvares em 1803.Nascido no Casal das Tulhas-Chã de Alvares. Casou com Isabel Simões.
1.2-Manuel Henriques de Vide- Nasceu a 11 de Abril de 1751 no lugar das Tulhas. Casou aos 42 anos com Maria Luiza Teresa de Matos, em Celavisa, no dia 16 de Setembro de 1793.Apesar do casamento se ter efetuado na terra dos avós da noiva esta já vivia no lugar das Tulhas com os seus pais e seus irmãos, que já nasceram no lugar.
A decisão de efetuar o matrimónio em Celavisa deverá estar relacionado com o facto do seu irmão Padre António José de Matos ser Pároco naquela freguesia.
Apesar de 11 anos de diferença entre os noivos não houve impedimento para que fosse gerada vasta prole de filhos.

1.2.1-Manuel Henriques de Matos
1.2.2-António Hqs de Matos -Ramo Henriques de Matos Casa das Morgadas,Casal de Cima
1.2.3-Maria Luiza Henriques de Matos
1.2.4-José António Henriques de Matos-Padre

1.2.1-Manuel Henriques de Matos- Nasceu a 3 de Agosto de 1795,no lugar de Tulhas, Casal anexo `aldeia de Chã de Alvares. Casou com Maria José de Matos (b:1796/f:5.2.1876),sua prima filha de Joana Rita de Matos,de Celavisa e Manuel Baeta do lugar de Pisões,Castanheira de Pêra.Foi o ùltimo Administrador do Município de Alvares.
1.2.1.1-António Maria Henriques de Matos- Nasceu em 1831,batizado a 3 de Maio de 1831.Foram seus padrinhos o Reverendo José António de Matos ,que trocou por procuração do Padre António José Matos ,pároco em São Miguel de Poiares, e madrinha Rita Maximina de Midões.
O Padre António José de Matos, era tio-avó de António, tendo servido em altos cargos do Reino. Entre eles o de Procurador Régio de Arganil.
Faleceu Solteiro na Quinta da Carrasqueira onde vivia com a sua irmã Justina e seu irmão Manuel.
1.2.1.2-Manuel Henriques de Matos Júnior-Batizado a 18 de Dezembro de 1828.Foram seus Padrinhos Capitão Manuel da Mota Tavares e Josefa Maria Gonçalves na Quinta da Carrasqueira, e batizado a 10 de Outubro do mesmo ano. Conforme nos conta Paulo Coutinho Rebelo no seu livro “Memórias da Familia Henriques da Silva”,um dos últimos Mattos morreu tragicamente.
Um dos últimos Matos a residir na Quinta adoeceu e ter-lhe-á sido recomendado um clister.
«A empregada encarregada da mesinha preparou e procedeu à aplicação que era feita ámaeira antiga com uma espécie de funil de vidro de bojo largo ,onde se despejava a água que seria introduzida nos intestinos do paciente.A água com adição de algumas ervas ou gorduras saponificadas como as que se aplicavam na produção de sabão caseiro teria de ferver para purificar e era coada em pano de linho para o jarro que serviria para despejar no referido funil.
Mas a pobre da criada por ignorância ou descuido não soube verificar a temperatura.Parece que a aplicação não foi a quente mas a ferver e o velho senhor, um dos Matos, face á dor ergueu-se do leito e numa corrida desesperada caiu da varanda contorcendo-se de dores. Não era necessário a queda, o escaldão já chegaria para o matar.” Faleceu solteiro a 14 de Fevereiro de 1903.
1.2.1.3-Maria José de Matos Nascida nas Tulhas e batizada a poucos dias depois a 18 de Janeiro de 1825. Foi apadrinhada por António Henriques de Matos e Maria Luísa. Casou a 4 de Agosto de 1852 na Capela de São Paulo, Freguesia de Gois, com Manuel António Pereira Dias, filho de António José Dias e Maria Joaquina de Rio de Vide. Manuel faleceu a 19 de setembro de 1889, com 79 anos. Maria José faleceu a 23 de Julho de 1897 em Rio de Vide. Não deixaram descendência.
Tiveram a seu cargo a sobrinha Generosa Adelaide de Matos Tavares ,da qual foram seus protetores, custeando os estudos no Convento de Semide e a quem fizeram sua Herdeira universal.
Não deixaram descendência.
1.2.1.4-Justina José Henriques de Matos Nasceu na Quinta da Carrasqueira, e foi batizada a 28 de Outubro de 1834, faleceu em Novembro de 1915.
Casou com Daniel Baeta de Vasconcelos, a 4 de Fevereiro de 1869 (b:1839;f:1934), filho do Tabelião Daniel Pires de Almeida de Roda Cimeira e de D. Antónia Undemila Coltrim de Vasconcelos, de Rego de Murta, Senhora da Quinta da Feteira, no Concelho de Pampilhosa da Serra onde residiam.
Daniel seu marido era irmão de José Baeta de Vasconcelos e António Baeta de Vasconcelos e do Padre Francisco Baeta de Vasconcelos,pároco na Cidade de Coimbra. Eram não só pelo prestigio da ambas as famílias a que pertenciam bem como pela riqueza que detinham um dos casais mais ricos e influentes da região.
Daniel Baeta de Vasconcelos, foi escrivão e tabeliãodo Juizo Ordináriodo Julgado da Pampilhosa da Serra,por carta passada a 07 de Julho de 1867,e Presidente da Junta de Freguesia de Alvares no período de 1887-1890 e que coincidiu com o período mais conturbado da história local de Chã de Alvares com a disputa da Capela e todo o contexto Politico que envolveu esse processo.
O casal dividia a sua vida entre as duas Quintas, intercalando largos periodos entre uma e outra.
Após o falecimento de Justina em Novembro de 1915, a Quinta da Carrasqueira passou para segundo plano.Daniel Baeta de Vasconcelos só viria a morrer ,com quase 100 anos em 1934.
A Velha Quinta da Carrasqueira ficou então durante largos anos entregue aos caseiros.A vasta propriedade já desmenbrada pelas partilhas iniciais entre os irmãos Henriques de Matos,ficou ainda mais débil com a divisão em dois lotes entre os irmãos Luzitana e Ayres de Vasconcelos.Por herança e venda os seus últimos donos foram a Familia Rebelo Arnault da Quinta das Tulhas.
1.2.1.4.1-Maria Lusitânia Augusta de Vasconcelos -Nascida na Quinta da Carrasqueira em 1870, batizada a 21 de Fevereiro desse mesmo ano na Igreja Matriz de Alvares. Foram seus Padrinhos Francisco Baeta de Vasconcelos, Pároco residente na Quinta da Feteira e Maria Henriques de Matos, sua tia materna, residente em Rio de Vide. Casou com Antonino César Barreto Simões Cortez, das Cortez, filho de Antonino Simões Cortez e Maria dos Prazeres ,do lugar de Cortes. Maria Lusitana faleceu a 4 de Abril de 1949.A sua dedicação e benemerência fez dela uma figura muito querida na aldeia de Cortes onde lhe deram nome de rua. Na placa a frase “Virtuosa e Esmoler Senhora”
Foram pais de:


Placa Toponímica em Cortes- Foto de João R. Antão

1.2.1.4.1.1-Artur Simões Cortez- Nasceu a 17 de Janeiro no lugar de Cortes ,e batizado a 21 de Fevereiro de 1894,na Igreja Paroquial de Alvares. Foram seus Padrinhos o avô materno, Daniel Baeta de Vasconcelos e Avó paterna Maria dos Prazeres. Senhor da Casa da Feteira que Herdou de seu avô manteve a Quinta da Feteira durante largos anos, acabando por vender posteriormente a Manuel Francisco dos Reis e sua mulher Laura Santos. Faleceu na Freguesia de Santa Cruz em Coimbra a 3 de Agosto de 1972.
1.2.1.4.1.2-Laura Conceição Cortez-Nasceu nas Cortes a 2 de Outubro de 1897 e batizada a dia 21 do mesmo mês e ano na Igreja Paroquial de Alvares, pelo Padre Joaquim Lopes da Veiga. Foram seus Padrinhos António Maria Simões Cortez e a sua avó materna Justina Henriques de Matos. e falecida no ano de 1970. Casou com Francisco Rebelo Mota Arnault Júnior em 1919.
1.2.1.4.1.2.1-Maria Cesáltina Cortez Arnault
1.2.1.4.1.2.2-Maria de Lurdes Cortez Arnault
1.2.1.4.1.2.3-António Carlos Cortez Rebelo Arnault
1.2.1.4.1.3-João Carlos Barreto de Vasconcelos-Nascido a 18 de Março de 1892.Nasceu em casa dos seus pais nas Cortes.Foram seus padrinhos João Cortez Barreto Arnault e Dona Maria da Natividade de Mello Figueiredo Napoles,conhecida como a “Velha da Feteira”.
1.2.1.4.2-Ayres Henriques de Matos- Nasceu a 5 de Setembro de 1871 na Quinta da Carrasqueira. Foram seus padrinhos Manuel António Pereira Dias casado e Generosa Adelaide de Matos,solteira, residentes em Rio de Vide. e casou em 1907 com Albertina Simões (29.12.1880), filha de Manuel Simões e M.da Piedade Cunha. Fixaram residência em Castelo Viegas, freguesia do Concelho de Coimbra,de onde a noiva era oriunda.
Ayres de Matos faleceu e 20.12 de 1951 e D. Albertina, que ainda contribuiu para a construção da Capela de Santa Margarida, faleceu anos mais tarde a 20.7.1971.Não deixaram descendência.


Quinta da Carrasqueira






Quinta da Feteira


1.2.1.5-Umbelina José de Matos- Nasceu em finais de Novembro de 1826 na lugar das Tulhas. Foi batizada a 6 de Dezembro do mesmo ano. Foi seu Padrinho o Padre José António Henriques de Matos,tio paterno
Casou com António Maria Mota Tavares, filho de Manuel da Mota Tavares e Ana Cândida, (f:25.9.1854), moradores no Casal de Diogo Vaz.O casal Umbelina e António faleceu no ano de 1859, ele a 23 de Setembro e ela no dia seguinte,desconhecendo-se a razão do seu falecimento,não deixando de ser curioso pela proximidade de datas,bem como pelo facto de terem ambos pouco mais de 30 anos.
Este casal teve a:
1.2.1.5.1-Manuel do Nascimento Mota Tavares-Nasceu a 24 de Dezembro de 1844,foi batizado em Alvares a 7 de Janeiro de 1845. Casou com Maria Encarnação a 21 de Fevereiro de 1865,na Igreja Matriz de Alvares, filha de Manuel Cortez e Maria Luísa Henriques de Matos. O casal teve um nado-morto em 1866.
O casamento pouco durou pois ainda na flor da idade Manuel morreu a 31 de Julho de 1867 com 22 anos deixando viúva Maria Encarnação . Esta passou a habitar a abastada casa do Casal de Diogo Vaz,construida recentemente, junto à casa dos seus pais. Nela viveu com seu primo o Padre José Maria Henriques de Matos os últimos anos de sua vida,a quem deixou vasta herança.
1.2.1.5.2-Maria do Rosário- Nascida em casa de seus pais em Casal de Diogo Vaz a 26 de Julho de 1851,e batizada na Igreja de Alvares a 20 de Agosto do mesmo ano. Foram seus padrinhos os tios Maternos. Manuel Henriques de Matos Júnior e Maria Henriques de Matos. Falecida a 27.7.1852
1.2.1.5.3-Maria Generosa Matos Tavares - Nascida a 21 de Abril de 1853, foi batizada a 28 de Abril do mesmo ano, na Igreja da Vila de Alvares. Foram seus padrinhos o avô paterno Manuel da Mota Tavares e sua irmã Maria dos Prazeres. Foi viver para junto dos seus tios Maria José e Manuel em Rio de Vide que se responsabilizaram pela sua educação. Fez os seus estudos no Convento de Semide, ali viveu até a idade adulta, quando contraiu matrimónio com José Duarte Areosa, negociante, no dia 10 de Novembro de 1872 na Igreja Paroquial de Rio de Vide, Município de Miranda Do Corvo. Ele natural da Freguesia de Santa Cruz , da Cidade de Coimbra.
Sem descendência.
1.2.1.5.4-Maria dos Prazeres-Nascida a 8.11-1846, foram seus padrinhos a avó materna Ana Cândida, e o Padre José António Henriques de Matos, das Tulhas. Falecida em 3.11.1856.
1.2.1.5.5-João Maria Mota Tavares- Nascido no Casal de Diogo Vaz a 9 de Abril de 1849,é batizado a 16 do mesmo mês na Igreja de Alvares. Faleceu a 09 de Fevereiro de 1933.Casou com Maria de Jesus (21/09/1857 filha de Manuel Mota (da Aldeia Fundeira) e Maria de Jesus (da aldeia de Carvalho), casaram no Machio no dia 29 de Abril de 1875, na Igreja Paroquial de São Miguel do Machio de Cima. Tinha ela 18 anos. Ela era Irmã de Firmino Mota Arnaldo, Presidente Da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra (Bt:12/03/1865).
Foi este o casal que junto á antiga casa de família construiu um imenso casarão que ainda hoje existe.

Segue no Ramo Henrique de Matos das Tulhas e Casal de Diogo Vaz

1.2.2- António Henriques de Matos-Nascido nas Tulhas a 21 de Dezembro de 1797. Foi batizado a 28 de Dezembro de 1797.Monteiro-Mor no Município de Alvares por Carta de 27-08-1824.
Foram seus Padrinhos o Reverendo António José de Matos e a sua avó Maria Luiza Teresa de Matos. Abastado proprietário em Chã de Alvares-

Segue no Ramo da Casa das Morgadas- Casal de Cima

1.2.3-Maria Luiza Henriques de Matos-Nasceu nas Tulhas e foi batizada a 24 de Abril de 1800 na Igreja Matriz da Vila. Foi sua madrinha Luiza Teresa de Matos sua avó materna de Celavisa.
Casou com Manuel Cortez Barreto, filho de Bernardo José Cortez e Joaquina da Encarnação de Roda Fundeira, nascido em Março de 1800 e batizado a 4 de Abril do mesmo ano. Casaram na Capela de Santa Margarida a 13-07-1834 .
Faleceu nas Tulhas a 16 de Fevereiro de 1847.Tiveram prole:
1.2.3.1-Maria da Encarnação Henriques de Matos
1.2.3.2-Abílio Henriques Cortez

Segue no Ramo Henrique de Matos das Tulhas e Casal de Diogo Vaz

1.2.4- José António Henriques de Matos-Padre .Batizado a três de Novembro de 1803, pelo Pároco de Celavisa, Teotónio Luís da Costa, poucos dias depois de nascer nas Tulhas. Foram seus padrinhos António Rebelo da Mota das Tulhas e sua esposa .Foi Ordenado Padre em 1825 e Coadjutor da Freguesia de Alvares em 1839.Foi ainda Capelão do Regimento de Milícias de Arganil.Faleceu em sua casa,no lugar das Tulhas a 25 de Novembro de 1877.


Quinta da Carrasqueira

Fontes:
Registos Paroquiais
Raízes & Memórias nº34
Memórias e Raízes da Família Henriques da Silva

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Quinta das Tulhas -A última geração






 A Quinta das Tulhas é ainda uma referência não só pela sua antiguidade e riqueza, mas também por durante séculos ter servido de berço a várias gerações de uma família que ficou para sempre ligada á comunidade Alvarense em geral e à da Chã de Alvares em particular.
Há muito que não serve de residência fixa á Família Rebelo Arnault .Quais foram as ultimas gerações a habitá-la?
Vamos recuar à década de 20 do século XIX.
 A Quinta ainda não existia tal como hoje a conhecemos ,com o imponente imóvel.Este só viria a ser construído em 1871.Limitava-se por esses anos,aos casarões que dão hoje para a Estrada e ao Eirado junto ao Vale das Cerejeirinhas.
Ali viveu António Rebelo da Mota Arnault,batizado a 27 de Agosto de 1823 ,na Igreja Matriz de Alvares pelo Padre João Carneiro, tendo como padrinhos  António Rebelo da Mota, seu avô paterno e Vicenza Rebelo da Mota,sua tia. 
O Jovem António casou na Igreja Matriz de Alvares a 13 de Fevereiro de 1844 com Justina Ricardina (n:1813/f:1905), sua prima, filha de Francisco Baeta de Almeida e D. Rita Ricardina da Mota Arnault.
O casal viveu na Quinta das Tulhas,e ali viveu de forma abastada com todo o conforto possível á época. 








O casal teve apenas um filho, Francisco Rebelo da Mota Arnault,nasceu nove meses depois do matrimónio de seus pais,no dia 25 de Novembro de 1844 na Quinta das Tulhas, tendo sido batizado a 9 de Dezembro de 1844,foram os Padrinhos: Vicenza Rebelo da Mota, das Tulhas e Francisco Barreto Arnault da Fonseca e Costa da Vila de Alvares. Neto paterno de Vítor Rebelo e Maria de Jesus Rita de Vasconcelos e Cunha, das Tulhas e materno de Francisco Baeta e Rita Ricardina de Roda Cimeira. Filho de António Rebelo da Mota Arnault e Justina Ricardina. Era portanto descendente direto dos mais abastados casais do Concelho de Alvares.
Depois de cumprir serviço Militar e os estudos na Universidade de Coimbra, casou aos 28 anos com sua prima Umbelina de Jesus Ricardina, de Roda Cimeira, a 23 de Janeiro de 1872, depois de dispensados dos laços de consanguinidade e da autorização visto a noiva ter apenas 16 anos.Umbelina era filha de Firmino José Baeta e Maria Henriques.
Nas suas mãos a propriedade aumentou consideravelmente, o primeiro passo foi construir a casa que hoje conhecemos anexa á casa dos seus pais.
A construção de uma obra de tal dimensão,tão fora dos padrões locais de construção, quer pela sua dimensão quer a nível de qualidade, durou bastante tempo, tendo sido necessário trazer os melhores profissionais entre pedreiros, carpinteiros, serradores etc...
Naquele Casarão, construído entre 1871/72 ,nasceram todos os seus filhos, António Rebelo Arnault, José Augusto Rebelo Arnault, Francisco Rebelo Arnault Júnior, Maria Jesus, Maria Justina Rebelo e D. Lucinda Rebelo. Estas ultimas, importantes beneméritas para a obras de construção da nova Capela de Santa Margarida.




O Senhor Arnault faleceu no dia 24 de Junho de 1934 a poucos meses de completar os noventa anos. Apesar da diferença de idades, um ano depois faleceu a sua esposa D. Umbelina, talvez resultado do sofrimento pela perda do seu cônjuge,ao longo de 62 anos de matrimonio.
Os mais antigos ainda recordam algumas histórias deste casal. A centenária Ti Virgínia do Casal de Baixo, que durante muitos anos serviu na Casa das Tulhas , recordava ainda o espanto de menina quando descobriu que a Dona Umbelina e o marido não partilhavam o mesmo leito.
O casal teve sete filhos ,entre os quais um que não vingou, falecendo nos primeiros anos de vida.
Seus filhos:
Maria de Jesus Ricardina Rebelo- Nascida a 19 de Abril de 1877 na Quinta das Tulhas, foi batizada a 10 de Maio pelo Pároco Coadjutor José Maria Henriques de Matos. Foram seus Padrinhos António Rebelo da Mota e sua esposa Justina Ricardina.
Casou no dia 30 de Maio de 1900 com Jacinto Alves Calado, filho de José Alves Calado e sua esposa Josefa Henriques Baeta da Castanheira de Pera. Ficou viúva a 9 de Fevereiro de 1917, dia em que faleceu no Hospital Universitário de Coimbra o seu esposo, tinha ele então 47 anos. Pouco tempo depois de seu marido falecer, o filho de ambos Carlos Rebelo Calado  morre atropelado a 28 de Janeiro de 1918,tinha apenas 14 anos. O casal vivia na Estrada da beira,e Jacinto tinha desempenhado o cargo de Chefe de Estação dos Correios de Castanheira de Pera, empregado superior dos Correios em Coimbra.
Anos depois a 18 de Abril de 1923, então já com 46 anos, por influência da família casou em Coimbra com  Antonino Lopes Cortez Froes de 38 anos, nascido em Santa Margarida e que viria a falecer na sua casa de verão em Monte Real a 16-5-1951. Foi uma das grandes beneméritas para a construção da Capela de Santa Margarida, que curiosamente foi inaugurada no ano de sua morte. Faleceu a 24 de Março de 1961 em Coimbra, na sua casa na Rua dos Combatentes nº129. Deixou em testamento dois terrenos na povoação cuja venda reverteu para a construção do templo, e rendeu 22 mil escudos.

Justina de Jesus Rebelo Arnault- Nasceu na Quinta das Tulhas ,no dia 16 de Abril de 1882.Foi batizada a 2 de Maio na Igreja Matriz de Alvares pelo Pároco Encomendado Francisco José das Neves Fonseca .Foram seus Padrinhos Joaquim Rebelo da Costa Arnault e sua esposa D. Umbelina Cortez . Casou com João Lopes Fróis , a 9 de Novembro de 1920. Viveram pouco mais de um ano. João viria a falecer a 29 de Dezembro de 1921 vítima da Varíola, sem deixar descendência. Era filho de José Maria Lopes Cortez e Maria Rita Froes era seu irmão o padre António Maria Lopes Froes. Após o falecimento do marido Maria Justina abandonou a casa de residência do casal e voltou para a casa de seus pais nas Tulhas. Fixou-se anos depois na cidade de Coimbra onde acabou por falecer a 6 de Março de 1961 sem assistir á inauguração da Capela de Santa Margarida,obra para a qual tanto contribuiu.

José Augusto Rebelo da Costa Arnault- Nascido a 10 de Setembro de 1885 na Quinta das Tulhas. Foram seus Padrinhos o Padre Manuel Da Costa Vasconcelos e Cunha, tio materno e D. Umbelina Júlia.
Casou a 7 de Junho de 1909,na Igreja Matriz de Alvares com Maria da Encarnação Mota Tavares.Em 1917 forma uma sociedade,a Padilha & Rebelo Lda,na qual ele e Bernardino Padilha possuiam metade das quotas ,estando aí também representados os comerciantes Lousanenses,António Joaquim da Silva e Luís Correia,António Ferreira Barata,da Regateira de Góis e Manuel Oliveira Junior da Figueira da Foz.Dedicando-se inicialmente ao comércio de vinhos ,lancaram-se posteriormente na Indústria,após comprarem a moagem e serração da familia Anastácio da Vila da Lousã.E foi a partir dessa pequena unidade fabríl funcionando com a força motriz de uma pequena central que em 14 de Fevereiro de 1924 se iniciou o fornecimento de energia elétrica à Lousã.Posteriormente construiram a Central das Ermidas,transformando depois a sociedade na grande empresa que foi a Companhia Eletrica das Beiras,da qual foi Diretor Comercial.


No entanto e antes de toda esta obra, foi pioneiro do ramo industrial em Chã de Alvares ao abrir ainda na década de 10 uma panificadora na nossa povoação, que manteve até se fixar na Lousã e vendendo-a ao seu cunhado João Lopes Froes, que a manteve a laborar até á data do seu falecimento.
José Augusto Arnault, faleceu na Lousã a 13 de Abril de 1959, tendo por direito e mérito próprio nome de rua.
Foi casado com Maria da Encarnação da Mota, com a qual teve :
Maria Helena Rebelo da Mota Arnault- Casada com Jaime da Mota Tavares-Seu Primo
Carlos Rebelo da Mota Arnault- Nascido na Lousã em 1913 e falecido em Coimbra em 1984.Casou com a sua prima, Maria dos Prazeres Cortez da Mota da Quinta de São Paulo de Góis.

Lucinda do Nascimento Rebelo -Nascida a 9 de Janeiro de 1899 na Quinta das Tulhas ,foi batizada na Igreja Paroquial de Alvares pelo Padre Coadjutor César Simões no dia 13 de Fevereiro do mesmo ano. Foram seus padrinhos Maria de Jesus Ricardina Rebelo e António Rebelo Mota Arnault ,seus irmãos. Casou na Cidade de Coimbra com o seu primo Álvaro Cortez Rebelo a 18 de Março de 1926, do qual ficou viúva a 27 de Julho de 1982 , com o qual viveu na Rua dos Combatentes nº 25. O casal teve uma filha D. Maria Beatriz Rebelo, nascida em 1929 e que casou com Afonso Dias Padrão, residentes em Santo Tirso. Faleceu a 23 de Janeiro de 1993 na cidade de Coimbra.

António Rebelo Mota Arnault- Nasceu a seis de Outubro de 1873, Foi batizado a 22 de Outubro na Igreja de Alvares. Foram os seus Padrinhos António Rebelo da Mota e sua Mulher Justina Ricardina. Faleceu a 10 de Janeiro de 1876.

António Rebelo Mota Arnault- Batizado a 28 de Novembro de 1879.Nasceu a 28 de Novembro de 1879,tendo sido batizado a 6 de Janeiro de 1880.Foram seus padrinhos Joaquim Rebelo da Costa Arnault e Dona Justina Ricardina.


Francisco Rebelo da Mota Arnault - Nasceu a Onze de Janeiro de 1888, na Quinta das Tulhas tendo sido batizado a 21 do mesmo mês e ano, na Igreja Paroquial de Alvares pelo Pároco Joaquim José da Veiga foram seus padrinhos António Rebelo da Mota Arnault e D. Justina Ricardina, seus avós paternos. Casou a 10 de Maio de 1929 ,na Capela de São João Baptista do Lugar de Cortes com D. Laura da Conceição Cortez de Vasconcelos, ali nascida a 2 de Outubro de 1895 em casa dos seus pais, Antonino César Barreto Simões Cortez e Maria Lusitana Augusta de Vasconcelos,(filha dos donos da Quinta da Carrasqueira Justina Henriques de Matos e Daniel Baeta de Vasconcelos).
Francisco Rebelo Arnault faleceu na Freguesia de Sé Nova, em Coimbra no dia 5 de Novembro de 1982.Laura Cortez, faleceu em Julho de 1970 em sua casa de Coimbra onde se fixou depois de largos anos a viver na sua Quinta das Tulhas. Deu largos donativos para a Capela de Santa Margarida, nomeadamente para a aquisição do altar em granito.
Tiveram 3 filhos
Maria Cesaltina Cortes Arnault
Maria Lurdes Cortez Arnault
António Carlos Cortez Rebelo Arnault.- Casado com Maria Luísa Guimarães Coelho,
São junto com a D. Beatriz Rebelo os atuais donos da Quinta das Tulhas.