A fixação dos
jovens e o combate à desertificação vão continuar a ser, em 2014, os principais
desafios do município de Góis, que registou este ano pelo menos 18
nascimentos.
Dezoito
famílias beneficiaram, em 2013, de um incentivo de 500 euros que a Câmara
Municipal atribui por cada novo filho de pais residentes no concelho, disse à
agência Lusa a presidente da autarquia, Lurdes Castanheira.
Evitando
estabelecer uma relação direta com este apoio excecional, criado em 2007 com o
valor de 250 euros e agora no montante de 500 euros, a autarca socialista
realçou que o concelho alcançou em 2013 «a melhor taxa de natalidade» dos
últimos anos.
Pela primeira
vez, 18 nascimentos permitiram aos pais receber aquele benefício, que a Câmara
Municipal de Góis concede apenas aos pais residentes no concelho. «Ainda é uma taxa de natalidade baixa, mas é a melhor dos
últimos anos», frisou Lurdes Castanheira.
Nos últimos
seis anos, no âmbito do programa de incentivo à natalidade, a Câmara registou 16
nascimentos (2008), 11 (2009), 15 (2010), oito (2011), 12 (2012) e 18
(2013).
O orçamento
municipal para 2014 ascende a 8,8 milhões de euros, sendo «mais de 30 por cento
absorvido pelos recursos humanos» da autarquia, que emprega 170
trabalhadores.
O concelho de Góis era habitado por 4.260 pessoas em
2011, segundo dados oficiais, menos ainda do que os 4.894 habitantes que
contava em 1801. «Uma parte significativa deste orçamento dirige-se às pessoas,
à manutenção do emprego e à criação de oportunidades de trabalho», disse a
presidente da Câmara.
A autarquia
criou uma equipa que, em colaboração com as Finanças, vão realizar o cadastro da
propriedade florestal, exemplificou, indicando que esta iniciativa assegura
emprego a cinco pessoas, além de contribuir para o ordenamento e a proteção
contra incêndios «do principal recurso endógeno» de Góis.
Os trabalhos
de levantamento predial começam em Janeiro, em Álvares, a freguesia do concelho
«mais flagelada pelo fogo» no último Verão, tendo ardido cerca de mil hectares
de áreas florestais.
O próximo ano
«será de definição da estratégia para 2015», tirando partido dos fundos
comunitários da programação financeira do período 2014-2020. Em 2014, segundo
Lurdes Castanheira, serão realizadas «obras que não exigem grandes
investimentos», designadamente nas áreas do abastecimento de água, saneamento
básico e pavimentação de estradas do concelho.
Em 1940, em
plena II Guerra Mundial, a população de Góis atingiu o máximo dos últimos dois
séculos, com 12.488 residentes, facto a que não será alheia a afluência de
milhares de pessoas à região, nessa época, para participarem na extração do
volfrâmio. Situado
no distrito de Coimbra, numa zona montanhosa banhada pelo rio Ceira, o concelho
teve uma perda acentuada de população após a II Guerra, tendo mantido essa
tendência nas últimas décadas.
A Taxa Bruta de Natalidade do Góis em 2013 foi de 5.9 ,valor muito abaixo dos 10.3,registados em 1981.
Atualmente os Municipios com o valor mais baixo de Natalidade em Portugal são:
Vila Velha de Rodão-2.9-Alcoutim-2.6-Oleiros 2.6-Torre deMoncorvo 2.5 e Gavião com apenas 2.3 de Taxa de Natalidade.
De mencionar que segundo os censos de 2011, foram registados 15 residentes em Chã de Alvares com menos de 19 anos.O que totaliza quase 16% da populaçao local,um numero bastante satisfatório tendo em conta o panorama de desertificação na região serrana.
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Fonte:
Lusa
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