domingo, 17 de agosto de 2014

Góis combate a desertificação

A fixação dos jovens e o combate à desertificação vão continuar a ser, em 2014, os principais desafios do município de Góis, que registou este ano pelo menos 18 nascimentos.

Dezoito famílias beneficiaram, em 2013, de um incentivo de 500 euros que a Câmara Municipal atribui por cada novo filho de pais residentes no concelho, disse à agência Lusa a presidente da autarquia, Lurdes Castanheira.

Evitando estabelecer uma relação direta com este apoio excecional, criado em 2007 com o valor de 250 euros e agora no montante de 500 euros, a autarca socialista realçou que o concelho alcançou em 2013 «a melhor taxa de natalidade» dos últimos anos.

Pela primeira vez, 18 nascimentos permitiram aos pais receber aquele benefício, que a Câmara Municipal de Góis concede apenas aos pais residentes no concelho. «Ainda é uma taxa de natalidade baixa, mas é a melhor dos últimos anos», frisou Lurdes Castanheira.

Nos últimos seis anos, no âmbito do programa de incentivo à natalidade, a Câmara registou 16 nascimentos (2008), 11 (2009), 15 (2010), oito (2011), 12 (2012) e 18 (2013).

O orçamento municipal para 2014 ascende a 8,8 milhões de euros, sendo «mais de 30 por cento absorvido pelos recursos humanos» da autarquia, que emprega 170 trabalhadores.

O concelho de Góis era habitado por 4.260 pessoas em 2011, segundo dados oficiais, menos ainda do que os 4.894 habitantes que contava em 1801. «Uma parte significativa deste orçamento dirige-se às pessoas, à manutenção do emprego e à criação de oportunidades de trabalho», disse a presidente da Câmara.

A autarquia criou uma equipa que, em colaboração com as Finanças, vão realizar o cadastro da propriedade florestal, exemplificou, indicando que esta iniciativa assegura emprego a cinco pessoas, além de contribuir para o ordenamento e a proteção contra incêndios «do principal recurso endógeno» de Góis.

Os trabalhos de levantamento predial começam em Janeiro, em Álvares, a freguesia do concelho «mais flagelada pelo fogo» no último Verão, tendo ardido cerca de mil hectares de áreas florestais.

O próximo ano «será de definição da estratégia para 2015», tirando partido dos fundos comunitários da programação financeira do período 2014-2020. Em 2014, segundo Lurdes Castanheira, serão realizadas «obras que não exigem grandes investimentos», designadamente nas áreas do abastecimento de água, saneamento básico e pavimentação de estradas do concelho.

Em 1940, em plena II Guerra Mundial, a população de Góis atingiu o máximo dos últimos dois séculos, com 12.488 residentes, facto a que não será alheia a afluência de milhares de pessoas à região, nessa época, para participarem na extração do volfrâmio. Situado no distrito de Coimbra, numa zona montanhosa banhada pelo rio Ceira, o concelho teve uma perda acentuada de população após a II Guerra, tendo mantido essa tendência nas últimas décadas.
 
A Taxa Bruta de Natalidade do Góis em 2013 foi de 5.9 ,valor muito abaixo dos 10.3,registados em 1981.
Atualmente os Municipios com o valor mais baixo de Natalidade em Portugal são:
Vila Velha de Rodão-2.9-Alcoutim-2.6-Oleiros 2.6-Torre deMoncorvo 2.5 e Gavião com apenas 2.3 de Taxa de Natalidade.
De mencionar que segundo os censos de 2011, foram registados 15 residentes em Chã de Alvares com menos de 19 anos.O que totaliza quase 16% da populaçao local,um numero bastante satisfatório tendo em conta o panorama de desertificação na região serrana.
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Fonte: Lusa
 

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