domingo, 30 de março de 2014

Abastecimento de Água


A população de Chã de Alvares,teve ao longo dos tempos diversos entraves no que diz respeito ao abastecimento de água. Inicialmente para responder ás necessidades de abastecimento de agua a população recorria á abertura de poços e a minas de Agua, e fontes de chafurdo.

Por volta de década de cinquenta, a câmara encomendou estudos e mandou elaborar um projecto no sentido de compreender qual seria a melhor solução para o problema com que se deparava a população.

 


 

Foi decidido então que a opção mais viável seria proceder á captação de água no Suraco,visto que o caudal aí era suficiente para o abastecimento domiciliar, e encana-la ao longo de 5 quilómetros de modo a alimentar uma rede de 13 chafarizes distribuídos estratégicamente ao longo da povoação, e mais 3 na Carrasqueira. Do projecto inicial, que teve só por si um custo de 44 contos, fazia parte ainda a construção de dois lavadouros, o que nunca aconteceu, desconhecendo-se o motivo. O orçamento da obra foi inicialmente de 895.200$00.
O inicio da obra deu se nos primeiro anos da década de sessenta, tendo a Liga comparticipado com 2000 horas de trabalho e 25% do valor da obra.
Em 1957,segundo um artigo na Imprensa Local, era anunciado que dos 315 varões que existiam em Chã de Alvares, já tinham contribuído com dias de trabalho 176,aguardando que os restantes 139 repetissem esse tão benemérito gesto. Do Brasil, a comunidade de conterrâneos radicados naquele país foi enviada a quantia de 18.500 escudos: José Maria Simões e Alberto Domingos,5.000§00 escudos cada, João Alves Barata,2.000§00,Manuel Miguel, Constantino Antão Barata, Jaime Barata Caetano Joaquim Rafael, José Joaquim Alves Barata e Fernando Antão,1000§00 cada, e José Antão 500§00 escudos.
Anteriormente, já na década de quarenta a Liga de Melhoramentos levou a cabo a importante diligência de remodelar algumas fontes de chafurdo então existentes. Do total de 4 fontes existentes nessa época, foram remodeladas as duas existentes no Casal de Cima, que era tal como hoje o mais importante aglomerado da Chã, ali existiam 96 fogos, do total de 173 em toda a povoação No projecto, estava ainda a remodelação da fonte no centro do Casal de Baixo, contudo os estudos bacteriológicos efectuados á água foram negativos, deitando por terra os ensejos da população local. Apenas foi possível uma superficial beneficiação, visto que era o único ponto de abastecimento de água naquele casal, na altura com 150 habitantes e utilizada há várias gerações.
Em seguimento de um projeto, que o Dr. Falcão, mandou efetuar a expensas suas, foi construída a Fonte que se encontra no recinto de festas da povoação, no início da década de quarenta, tendo o estado contribuído com 22 contos.
 

Seria mais tarde beneficiada ainda a fonte existente no Porto da Fonte, também no casal de cima, e muito próximo da casa do Dr. Falcão figura influente da povoação e Presidente da Comissão de União Nacional.



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