sexta-feira, 15 de abril de 2016

Gavião- O nascimento de uma povoação


 


A poucos quilómetros de Chã de Alvares, a meio caminho pela serra entre esta povoação e o Amiosinho, podemos encontrar um conjunto de casas, hoje em dia desabitadas e envoltas em mato e árvores, num cenário desolador igual a muitos casos na região.
Contudo esse pequeno lugar denominado Quinta do Gavião, já foi lar de uma família que ali assentou arraiais no final do século XIX  e durante vários anos(até década de setenta) ali habitou.
O primeiro registo de nascimento data de 1898.A 20 de Outubro de 1898 pelas três horas da manhã, tendo por parteira, a lua, berço as carquejas, e cobertor as estrelas, nascia uma criança do sexo feminino, que seria batizada no dia 27 do mesmo mês na Igreja Matriz de Alvares com o nome de Maria Adelaide.
Seus pais eram Luís Caetano e Maria Da Encarnação que viviam na Carrasqueira e seus avós maternos Joaquim Alves e Ana Barata residentes no mesmo lugar..
Luís, era mais um filho da miséria muito comum naqueles tempos, filho de pai incógnito e de Maria Caetana ,residente no lugar da Carrasqueira,ainda novo procurou um novo destino longe dos horizontes de pobreza que aqui vislumbrava.Pela região corria já a noticia do sucesso dos portugueses em terras de Vera Cruz.Dois exemplos próximos eram de Antonio Henriques Filippe do Caniçal e de Caetano Ferreira Fontes de Santa Margarida,famosos pela riqueza rapidamente acumulada.
Tentado a conseguir também ele fortuna partiu para o Brasil,que acolhia contingentes de milhares de emigrantes portugueses  para alimentar a cultura do café em São Paulo,e da Borracha no Estado do Pará.
Não se sabe que cidade brasileira acolheu o jovem, o que se sabe é que na mesma época em que partiu rumo a terras de Vera Cruz nascia Maria da Encarnação. No momento da partida terá dito:
" Vou partir para o Brasil, mas esta menina que hoje nasceu, haverá de ser a minha mulher, quando eu voltar."
E assim foi,já perto dos quarenta anos Luís voltou do Brasil , ainda a tempo de desposar Maria da Encarnação.
Os anos naquele país da América Latina renderam – lhe fortuna suficiente para comprar então um bom lote de terrenos, no regresso a Portugal e ai começar a construir fazendas, e a plantar Oliveiras. Durante largos anos fizeram diariamente o caminho entre a Carrasqueira e os seus terrenos…nascia assim o Gavião. O primeiro filho do casal terá nascido ainda na Carrasqueira. Como habitual terá sido batizado poucos dias depois do seu nascimento na Igreja Matriz de Alvares, com o nome de António. Com poucos anos de idade já o pequeno calcorreava junto aos seus progenitores o longo trajeto da Carrasqueira ás fazendas no Gavião.
Um dia Maria da Encarnação novamente grávida e já a chegar ao fim do tempo, não teve forças para fazer o caminho. Decidiram então, cortar um molho de carqueja, para lhes servir de colchão. E aí passaram a dormir diariamente, ao mesmo tempo, que iam arranjando umas pedras, colocando umas em cima das outras, construindo uma pequena barraca como casa primitiva. Aí nasceu a segunda filha do casal, Maria Adelaide.Com sangue suor e lagrimas, mas também muito amor foram construindo aos poucos o seu lar no Gavião onde nasceram ainda mais 3 rapazes, o Manuel, o Joaquim e o Carlos, que seguiram as pisadas do seu avô Joaquim Alves, tendo aprendido o ofício de Alfaiate.

 
O primogénito, António Caetano foi um dos muitos soldados a partir para os campos de batalha na I Grande Guerra, contudo por infortúnio do destino acabaria por falecer já no regresso a casa. Ao ser colhido por um comboio em São João do Campo, ficou sem uma perna, não resistindo aos ferimentos faleceu pouco tempo depois no Hospital de Coimbra, tinha cerca de 24 anos.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Párocos da Freguesia de Alvares

Graças aos Arquivos da Igreja e da Universidade de Coimbra é possivel elaborar com algum rigor a lista de ,talvez,todos os párocos que passaram pela freguesia de Alvares:
 

 Pedro Rodrigues-Foi Pároco desta freguesia desde o ano de 1603 até 1638.Nada mais se sabe a seu respeito

Manuel António Glória-Começa a assinar os assentos desde 1638 a 1640

Domingos Fernandes-Assina os assento de 1640 a 1646.Faleceu no dia 25 de Agosto de 1646.O seu assento de óbito diz que ele está sepultado na capela.Esta Capela deve ser a Capela Mor da Igreja de Alvares, pois na página do Tombo da Igreja se lê: ”sendo de tijolo e lajeado o pavimento da Capela-mor, no meio dele está uma grande pedra que cobre a sepultura dos reverendos párocos”. Atualmente este pavimento é de mosaico, não existindo sinal de tal sepultura.

Manuel da Fonseca-Serviu a igreja como encomendado, desde o ano de 1646 a 1649.

Paulo Leitão-Começou a paroquiar a freguesia em 1649,e assina os livros ainda em 1668.No tempo deste pároco foi reparada a Capela-mor. A obra foi feita de empreitada por Manuel Alvares, do lugar do Covão.

Gregório Antunes Calheiros-Foi pároco encomendado desde 1668 a 1669

7º-André Bandeira-Começou a paroquiar a freguesia em 1669 e faleceu no dia 14 de Dezembro de 1683.Jaz sepultado na Igreja. No seu tempo foi feito o tabuleiro do Adro em frente da porta principal. No dia 15 de Junho de 1673,sendo ele pároco, foi visitada a freguesia por D.Fr. Álvaro de S. Boaventura, Bispo de Coimbra.

Ordenou o visitador que se alargue a Capela Mor , e se faça um Arco  mais alto e mais largo, de pedra igual má da Porta principal, ficando na mão dos rendeiros dos fabricários 200§00 reis que só serão entregues depois de terminadas as obras. Este Arco, o atual, foi feito em 1682

Antonio Gonçalves-Foi pároco encomendado desde 1683 a 1684

Ignacio Rodrigues-Começou a paroquiar a Freguesia em 1684.O Visitador, que veio a Alvares em 1685,queixou-se de encontrar um sino no chão da Igreja e um outro dependurado num pau, no Adro da Igreja. No dia 30 de Maio de 1691é visitada a Igreja Paroquial por D. João de Mello, Bispo Conde. Nesse mesmo ano foi construída a Torre da Igreja pelo valor de 105§00 réis. O Padre Ignacio faleceu em 1714.Nessa altura existia em toda a freguesia nove presbíteros.

10º-Manuel Barata-Foi pároco encomendado em 1714

11ºPedro das Neves-Tomou posse da igreja em 1714 e faleceu no dia 13 de Março de 1755.

12º Paulo das Neves-Pelo nome parece ser irmão do antecedente. Tendo se ausentado da freguesia o pároco Pedro Nunes.

13ºAntónio Lopes-Assina os assentos em 1754 e alguns ainda em 1755

14º José Joaquim Froes-Foi pároco encomendado em 1755

15ºJosé Caetano-Tomou posse da freguesia em 1755,e assina os assentos de batismos até 1761

16º Onofre Alvares Antão-Assina os assentos desde 1761 até 1763.Era natural de Amioso Fundeiro, desta freguesia, onde existe uma capela dedicada a São Pedro que ele restaurou. Em 1763,volta assinar os assentos o Padre José Caetano. Era natural de Obraes, igualmente desta freguesia. Dizia-se que matou um individuo que costumava ir roubar o pão ao celeiro que os Cónegos de Santa Cruz tinham nesta freguesia.

Pronunciado por isso foi preso. Era filho de Luís Caetano, também ele de Obraes. Juntos fundaram a Capela daquele Lugar que dedicaram a Nossa Senhora do Livramento, a qual ainda hoje existe.

17º João Rodrigues Carneiro-Era Bacharel formado em cânones e natural da freguesia de Várzea de Goes (atualmente Vila Nova do Ceira).Veio para esta freguesia em 1788.Consta que este Pároco era um advogado distinto. Existe uma carta que lhe escreveu o Fr. António da Madre Deus, cónego de Santa Cruz de Coimbra, com data de 20 de Outubro de 1791,em que dizia: “Eu tenho recebido há muito tempo repetidas queixas de que vossa reverendíssima cuida muito em advogar ,e andar por muitas partes que não para o serviço da igreja, o que não gosto de ouvir, porem isso já não me pertence. Lá está outro Prelado.”

Teve como Coadjutores os seguintes eclesiásticos: João Gonçalves, José da Fonseca Cortez, Bonifácio António de Jesus, Francisco Fernandes e Joaquim da Mota Arnault.

Foi no tempo deste pároco que foram desanexadas 6 povoações que ficaram a formar a freguesia de Portela do Fojo.

Por sua mão foi escrita com data de 16 de Setembro de 1811 a carta com a relação de danos causados pelas Invasões Francesas no anos de 1811 aquando da retirada das tropas do General Massena e que se encontra nos Arquivos da U.C

João Rodrigues deixou de paroquiar a freguesia em 1831.Não consta que tenha falecido nesta freguesia. É provável que tivesse saído da mesma, em virtude dos acontecimentos políticos desse ano. Pois havia mandado cantar um Te Deum no dia 1 de Agosto de 1828,pela exaltação ao trono de D. Miguel

 

18ª Francisco Henriques de Almeida-Era natural da Pampilhosa da Serra. Em novo veio para a aldeia de Roda Cimeira e foi pároco encomendado desde o ano de 1831 até 1834.

19º Joaquim da Mota Arnault da Fonseca-Natural da Quinta das Tulhas. Foi nomeado vigário interino em Julho de 1834 pelo Dr. António Bernardo da Fonseca Moniz, Vigário Capitular do Bispado de Coimbra. Faleceu nesta vila a 23 de Junho de 1836.Jaz sepultado no Adro da Igreja.

20º António Cortez- Era natural do Amioso do Senhor. Foi pároco desta freguesia de Junho a Novembro de 1836.Foi igualmente pároco em Mortágua.

Um dos presbíteros da freguesia de Alvares nessa altura era o Padre João Barata Dias, do Caniçal.Foi ele um dos que assistiu ao Te Deum  que se cantou na Igreja da vila no dia 18 de Agosto de 1828,pela exaltação de D. Miguel ao trono, bem como o Coadjutor Dr. Joaquim da Mota Arnault da Fonseca, Fr. Francisco de Nossa Senhora da Conceição e Silva, Frade Dominicano de Pedrogão Grande e o Professor Padre João Alves da Mota. Nenhum dos restantes eclesiásticos da freguesia quis assistir. Num belo dia o Padre João Barata Dias viu afixado nos lugares mais públicos da freguesia  um edital concebido nos temos seguintes:

“Edital-Manuel da Costa de Vasconcelos Delgado, reitor etc.

 Faço saber que, chegando ao conhecimento da autoridade superior os escandalosos procedimentos praticados pelo Padre João Barata Dias, do lugar do Caniçal, freguesia de Alvares, contra o trono e o altar e tendo sido verificados perante a mesma autoridade atrozes crimes, que o tornam indigno de exercer funções do sagrado ministério sacerdotal, por isso a mesma autoridade me ordena que o suspenda de todo o exercício de suas ordens, e continue a vigiar a sua conduta moral e politica, para no caso de reincidir, ser punido com o rigor da lei.(…) e para que chegue a noticia a todos ,mandei passar o presente que será publicado nos lugares do costume. Dado e passado em Arganil ao 31 de Agosto de 1836”

O Padre João Barata Dias faleceu no referido lugar do Caniçal no dia 12 de Julho de 1845,tendo sido sepultado no cemitério de Alvares.

Todos os párocos e mais clérigos deste Arciprestado foram convocados por Manuel da Costa de Vasconcelos Delgado, para se reunirem na Igreja de Arganil no dia 27 de Setembro de 1836 pelas 3 horas da tarde, a fim de jurarem a Constituição, em virtude de ordens Superiores

21ºManuel Rodrigues David-Era natural da Freguesia de Álvaro. Veio para esta freguesia em 1836 e foi pároco até 1881,ano em que faleceu com 73 anos no dia 30 de Dezembro.Aqui residiu sua mãe,Maria Madalena, depois de viuva,sendo enterrada em Alvares pepois de falecer em 1851.

22ºFrancisco das Neves da Fonseca- Era natural do lugar de Mega Fundeira, filho de Francisco José das Neves Fonseca e de Maria Tereza. Foi pároco encomendado desde Setembro de 1881 até Setembro de 1888.Faleceu no dia 21 de Junho de 1898 com 70 anos de idade

23º Joaquim José da Veiga-Era natural do Sobral Valado. Filho de Joaquim Antunes da Veiga e Angélica Maria. Tomou posse desta freguesia a 31 de Outubro de 1883 e nela permaneceu até 31 de Outubro de 1899,dia em que faleceu com 62 anos de idade. Foi quem benzeu a então reconstruida Capela de Santa Margarida  no dia 12 de Agosto de 1888.Teve como Coadjutores além de Cesar Simões o Padre José Henriques de Mattos,residente no Casal de Diogo Vaz , dono de uma das maiores fortunas da região,e descendente de uma familia numerosa e nobre.Uma persongem que só por si justifica um elaborado artigo.

24ºCesar Simões-Era Coadjutor do antecedente. Foi pároco encomendado desde novembro de 1899 até julho de 1901.

25ºManuel Fernandes das Neves-Tomou passe a 30 Julho de 1901 até 1911.Teve uma passgem pela freguesia bastante tormentosa,entrando em confronto com os defensores locais da Républica.Acaba por ser preso no dia 20 de Agosto em sua casa ,sendo os seus sitiantes  Adrião Diniz Filipe,Juiz de Paz da freguesia  e de Manuel Santos Ferreira,professor de instrução Primária.Foi levado pela rua perante brados de “Morra o Padre”.Dias depois de sair escreve carta  ao jornal A Comarca de Arganil,(nº552)onde expõe todos os acontecimentos e relata ter sido alvo de uma tentativa de envenenamento,e justificando se das acusações de que era alvo :Inimigo da Républica,conspirador e Traidor á Pátria.

Mesmo depois de regressar á residencia paroquial foi alvo por diversas vezes de apedrejamento. Assim foram os tempos de revolução Républicana em Alvares.

26ºJosé Natividade Serra- de 1911 a 1917

27ªJosé Lourenço Antunes de Almeida-Padre substituto de Janeiro a Fevereiro de 1917

28ºAugusto Nunes de Almeida-Pároco de 1917 a 9 de Outubro de 1942,era natural da Pampilhosa da Serra. Era Capelão na capela de Sobral Valado antes de ser nomeado Pároco na freguesia de Alvares.Tomou posse no dia 4 de Março de 1917,tendo sido montado um comité de recepção ao Padre no local chamado as Sobreiras em Alvares,e a sua chegada foi festejada com o lançamento de foguetes e um jantar abastado na casa do Sr Adelino Lopes Cortez.

29º Benjamim Alves-Pároco de 1942 a 1946-Era natural de Pessegueiro, Foi muito querido pelas gentes da freguesia. Conta se que era muito bonito, tendo levado para religiosas algumas raparigas.

30ºCarlos Borges da Neves-de 1946 a 1956-Foi o primeiro impulsionador para a construção de uma nova Capela em Chã de Alvares, alertando para essa necessidade não só durante os atos religiosos mas igualmente nos artigos que escrevia na imprensa regional.

31º José Salvador de Almeida-de 1956 a 1959

32º Virgílio Francisco Gomes – Pároco de Alvares de 1959 a 1963.Foi o primeiro sacerdote responsável para a atual Capela de Santa Margarida. Alem de ter estado na sua inauguração também esteve presente aquando da bênção da primeira pedra. Era natural do concelho de Mira.

33º António Antunes de Brito-Pároco de Alvares entre Janeiro de 1963 e Março de 1974.Nasceu em Vidual de Cima em 1930.As suas primeira paróquias foram Colmeal, Cadafaz e Cepos antes de vir para Alvares.

34ºManuel da Silva Martins-Tomou posse da freguesia em Março de 1974 e aqui ficou até Setembro de 1982. Natural de Figueiró dos Vinhos

35º Ramiro Moreira-é o atual pároco, tendo tomado posse a 26 de Setembro de 1982.Nasceu na Lousã em 5 de Julho de 1930.oi ordenado sacerdote em 1957, na Sé Nova de Coimbra, pelo Bispo da Diocese D. Ernesto Sena de Oliveira. Tem larga obra na Freguesia de Alvares no campo social, ficando certamente para a história desta terra.
 
 
 

domingo, 10 de abril de 2016

Antonio Henriques Felippe:Um emigrante de sucesso


No ano de 1872, chega ao Brasil, um português que iria fazer história em Cataguases, trata-se de Antonio Henriques Felippe,que foi talvez o caso de maior sucesso da Emigração da freguesia de Alvares para o Brasil.

Nascido  na casa dos seus pais Antonio Hqs Felippe e Ana Barata no lugar do Caniçal no ano de 1853.Era neto de Antonio Henriques Felippe e Josefa Maria Alves,e bisneto de Philipe Henriques de Coelhosa e Isadora Maria da Fonseca do Casal de Baixo,Chã de Alvares.Tinha ainda ligações a Chã de Alvares,pois sua tia direta, Maria do Carmo Barata ,casou na povoação de Cha de Alvares com João Barata Marques.Tinha ainda ligações de parentesco á familia Arnault por parte do casamento de sua tia Maria de Jesus Philipe com Firmino Henriques Barreto(Descendente de Antonio Rebelo da Mota,das Tulhas).

Desembarque de familia Portuguesa no Brasil
 

Partindo para o Brasil, este português resolveu cuidar da própria vida largando a querida pátria rumo ao desconhecido em busca de uma nova vida. Depois do desembarque no Rio de Janeiro onde chegou de pois de uma longa viagem de vapor, o jovem aventurou-se pelo imenso território brasileiro e chega ao então povoado do Santa Rita do Meia Pataca, onde trabalha na Estrada de Ferro Leopoldina Raigh-Way.
Com a transformação do povoado em Vila de Cataguazes e a inauguração da Estrada de Ferro, o comércio tem um grande desenvolvimento,aproveitando o dinheiro fácil obtido não só com a construção da linha férrea mas igualmente com a cultura do café,e como bom emigrante que era,foi investindo o seu dinheiro.Fruto do seu investimento e sentido de oportunidade para o negócio,
constrói em 1878 a casa comercial Henriques e Felippe & Cia, que ainda hoje existe,conhecida como «Casa Felippe».

Constroi ainda o Palacete Felippe,onde viveu durante o seu periode de vida em solo brasileiro. No entanto a sua ligação á sua terra nunca cessou. Nunca tendo casado, acabou por regressar e fixar residência no Hotel Avenida em Coimbra. Os seus últimos dias foram aos cuidados do seu afilhado Antonino Barata Neves, do Casal de Baixo. Faleceu a 6.7.1928 no Hotel Avenida em Coimbra,tendo sido sepultado no cemitéria da Conchada, conforme  noticiou a Comarca de Arganil nº 1464 .No mesmo jornal agradecem como sobrinhos do falecido:
- Encarnação Marques Duarte e Francisco Victor Duarte
- António Henriques Filipe da Fonseca e esposa, e Aquiles Henriques Filipe
- Ana do Sacramento Marques Rosa e José Barata Rosa e seus filhos
- Maria de Jesus Marques Neves e Antonino Barata Neves e seus filhos.

 
Após a sua morte a sua fortuna em solo brasileiro foi entregue ao seu afilhado António Henriques Felippe Fonseca, que anos antes mandara chamar para junto de si no Brasil e cuja vida ficou igualmente ligada á cidade de Cataguazes, sendo ele um dos Fundadores do Clube de Remo local. Atualmente a fortuna familiar encontra-se na mão de Albano Henriques Felipe,que além de gerir a Casa Comercial fundada pelo seu Tio-avô, é paralelamente politico destacado em Minas Gerais, onde foi candidato a Vice – Governador pelo PSD-MG.Quem hoje visitar esta cidade brasileira poderá encontrar a Rua António Henriques Felipe,que ficará assim,para sempre perpetuado na história da cidade de Cataguazes.






Fotos da antiga casa da familia Henriques Filippe na aldeia do Caniçal