quarta-feira, 22 de junho de 2011

Chã de Alvares e a Grande Guerra













Foi em 1917,por altura do Entrudo,que nesse ano foi proibido de ser festejado,por decreto ,devido ao envolvimento de Portugal no cenário de guerra na Europa,que as gentes de Chã de Alvares se viram envolvidas em algo que estava tão longe do seu imaginário.

Aliás ,a vontade para festejar era de facto nenhuma,tendo em conta que 16 jovens de Chã de Alvares estavam convocados para fazerem parte do C.E.P,(Corpo Expedicionário Português),que iria em Abril para os campos da Flandres lutar contra o inimigo,numa Guerra que não era nossa.

Os mobilizados foram: José Maria Antão, seu irmão João Antão ,Artur Duarte, Manuel Hipólito, Serafim Romão, José Simões, António Tomé, Joaquim Miguel, José Henriques Almeida, Joaquim Bernardo, José Maria Fernandes, Serafim João, Manuel Francisco Paula e João Lopes. Além destes, foram ainda mobilizados, João Victor e João Alves Roda, que optaram por desertar e se esconder durante largo tempo nos barrocos da serra, fugidos das forças militares sediadas em Góis. Alguns deles eram já casados à data da partida para o campo de batalha. António Tomé deixou a sua esposa Joaquina grávida, felizmente regressou vivo para ver o seu filho Francisco Tomé.

Seria necessário mais de um ano até os dois jovens do Casal de Cima saírem da sua condição de desertores. Em Maio de 1918 seria decretada pelo Presidente da República uma amnistia para diversos tipos de crimes.

Apenas houve uma vitima mortal, foi ele Joaquim Miguel do Casal de Baixo, soldado nº305 ,da 10ªComp.Infantaria,tinha 22 anos e faleceu no campos de Moçambique a 20 de Abril de 1918,era filho de Abílio Miguel e Maria das Dores.

O último destes combatentes foi João Antão,de Casal de Baixo,que faleceu na década de 90,já com 95 anos .




















































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