sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Familia Barreto Chichorro de Góis

FAMÍLIA BARRETO CHICHORRO


 
Barreto
Sobrenome português, de origem geográfica.
Há quem considere ter sido tirado de uma propriedade localizada na Barra do Rio Lima, em Viana do Castelo, que sendo soterrado pelas areias do mar, se disse corrupto. E da junção de BARRa E corrupTO veio o seu nome. Esse Solar seria dado por D. Afonso III a Pedro Pires Velho, do século XII, descendente de D. Arnaldo de Baião, guerreiro estrangeiro que se distinguiu na guerra da Reconquista Cristã.
Para além da linha principal, também a linha dita por Barretos Velhos, que dela deriva, são referidas com ênfase nos nobiliários.
Pertence a uma das mais antigas famílias nobres de Portugal, ocupando cargos de prestígio na nossa História. Na sua diáspora pelo Brasil, distinguiram-se também nas sociedades de vários estados brasileiros, inclusivamente dando o nome a uma autarquia, no Estado de São Paulo.
Usam as armas que tomaram os descendentes de Martim Fernandes Barreto e que vêm dos Chacim, donde provinha a sua esposa, Maria Rodrigues de Chacim: um escudo de prata pleno semeado de arminhos, tendo por timbre uma meia donzela vestida de arminhos, de cabelos soltos de ouro e sem braços.
Em Góis, tem-se conhecimento do primeiro Barreto na pessoa de Pedro Rodrigues Barreto, suposto ter nascido em Cimo de Alvém, Góis, aqui falecido em 1640, e que foi o patriarca de uma das famílias com mais poder político local nos séculos XVII a XIX. Terá mandado construir o edifício da Câmara Municipal, com o seus tectos pintados, actualmente considerados monumento nacional, e o seu nome seria dado à rua que o ladeia.

Chichorro
Sobrenome português, com origem em Martim Afonso, "O Chichorro", filho bastardo de D. Afonso III e de uma mourisca, Madragana de seu nome, filha de Baqr ibn Yahya, de família aristocrata, então alcaide de Faro.

O rei e o alcaide andavam em contenda pela posse de Faro, nos finais da Reconquista Cristã. Uma daquelas lendas sobre mouras, transmitidas oralmente de geração em geração, e que deliciam a nossa História, conta-nos que a filha do alcaide tomou a iniciativa de se encontrar, sem conhecimento do pai, com o mordomo de D. Afonso III, João Peres de Aboim, propondo as pazes, sem mais derrame de sangue, apresentando-se ao fidalgo com um ramo de flores.
Encurtando o caminho à lenda, o rei e o mouro fizeram as pazes, pai e filha converteram-se, tendo o rei sido seus padrinhos de baptismo, o pai tomando o nome Aldroando Gil e a filha Mor Gil ou Mor Afonso, pelo nome do padrinho, e as flores foram plantadas com o nome de aloendro, em honra da filha, flores que ainda podemos apreciar, brancas ou rosas, por terras algarvias. E, claro, Madragana, ou já Mor Afonso, tornou-se amante do rei. De quem teve dois filhos, o primeiro seria Martim Afonso, nascido em 1250 (Faro seria oficialmente conquistado em 1249), quem o pai tratava de catulus (em latim), por ser de pequena estatura. Mas, acrescentamos nós, tal vocábulo também tem o sentido de astuto.

De alcunha ou cognome, Chichorro passou a apelido, e assim já o menciona o rei D. Afonso IV em documento oficial. No entanto, muitas vezes foi ignorado pela sua origem ou significado, sobretudo preterido nas crónicas face ao poderoso Sousa que perdura nos vários ramos da descendência. Contudo alguns deles mantiveram o Chichorro, mesmo se por vezes não conhecidos como tal, até aos nossos dias. De acto, Martim Afonso Chichorro, casando com Inês Lourenço de Sousa, seria tronco da família Sousa Chichorro, Sosarum Catulorum, a mais poderosa família nobre no Portugal medieval.
Ao longo dos séculos, tem-se conhecimento que Chichorro se cruzou algumas vezes com Barreto, mas sem permanência da união dos sobrenomes. Seria em Góis, em 1814, que ela criaria raízes, fortalecendo-se até aos dias de hoje, por sete gerações.

É suposto que Maria Cândida Chichorro, de origens alentejanas, terá sido o primeiro Chichorro a viver em Góis, na Quinta da Capela, do seu marido Fernando Barreto.
Dizia uma sua bisneta, do que ouvira contar a sua avó, que em Góis fora sempre falado o enorme aparato da sua chegada à vila, com uma comitiva de muitos animais de carga com o seu enxoval e a sua sempre elevada postura. A propósito dessa mesma postura contava ainda, que estando as mulas carregadas com o caixão para o funeral (da Quinta para a Capela de S. José, na Igreja Matriz) as mesmas se recusavam a andar e alguém então comentaria Arre! D. Maria Cândida nem depois de morta anda de mula, fazendo assim bem notar como era vista socialmente pelas gentes de Góis.

* Grande parte dos elementos foram retirados do estudo e investigações sobre a família Chichorro, de Rui Miguel Cabral da Silva Correia, a quem se agradece a amável colaboração.
 Imagem
As Primeiras Gerações
 Imagem
Ampliar aqui:
A união destes dois apelidos ocorre em Góis, do casamento entre
Fernando Barreto Botelho Perdigão de Vilas-Boas
e
Maria Cândida Chichorro da Gama Lobo de Castro e Eça

casamento em 28 de Abril de 1814, em Pereira (Montemor-O-Velho), confirmado a 18 de Maio do mesmo ano na Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, e cujo registo é aqui parcialmente transcrito:
 Imagem
Fernando nasceu em Góis a 01.11.1779, filho ilegítimo de Francisco Xavier Barreto Botelho Perdigão de Vilas Boas, Capião-Mor de Góis, onde residia, e de Rita Maria Nogueira, também de Góis, sendo perfilhado por carta do Príncipe Regente D. João (Despacho do Desembargo do Paço de 5.1.1805). Foi Fidalgo Cavaleiro da Casa Real e Capitão-Mor de Góis. Faleceu a 20.7.1825.

Maria Cândida nasceu em Monforte do Alentejo a 12.01.1793, filha de André Chichorro da Gama Lobo e Abreu e de Antónia Vicencia do Carmo de Sequeira Barreto, de Monforte do Alentejo. Até casar, viveu em Monforte e em Lisboa, nas casas de seu pai. Faleceu a 21.9.1823.

Fernando e Maria Cândida eram parentes afastados. Os trisavós de Fernando, Manuel de Brito Barreto e Catarina de Castro e Abreu, eram também tetravós de Maria Cândida.
Viveram na Quinta da Capela, em Góis, tendo dois filhos, Francisco e André.
Tectos de salas da Quinta da Capela
1 Francisco Barreto Botelho Chichorro Perdigão de Vilas-Boas nasceu em Góis a 15.12.1815.
 Imagem
Casou aos 32 anos, em Lisboa a 24.7.1848, com Gertrudes Magna, de 51 anos, n. em Alcobaça a 19.12.1796, f. em Lisboa a 29.04.1855, casada e viúva por duas vezes, primeiro em 1818 com Manuel Ferreira Garcês (1762-1831), negociante, Cavaleiro da Ordem de Cristo, depois em 1832 com Pedro Saraiva da Costa e Menezes de Refoios (1777-1846), Fidalgo da Casa Real, Bacharel em Leis, Desembargador da Casa da Suplicação, Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Francisco foi Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, conforme mercê de D. João VI, em 23.09.1826. Nomeado em 25.01.1832, com 16 anos apenas, Capitão-Mor de Góis, por D. Miguel. Comendador da Ordem de Cristo. É também referido como Visconde de Góis nos Títulos da Patuleia, o que justificaria a coroa na composição da pedra de armas - ainda visível na Quinta de S. Luiz em Pereira, sua por herança -, que se julga serem suas e das quais haveria igualmente representação em Góis, quer em tectos pintados, quer em cortinados.
Comandou os Patuleias em várias batalhas de tropas miguelistas sediadas na sua Quinta da Capela, em Góis.
Durante as obras de remodelação da Igreja de Santa Maria Maior (Matriz de Góis), foi responsável pela recuperação da Capela de S. José, panteão familiar, fazendo ali figurar as suas iniciais (FBBCHVB 1863), gravadas em ferro forjado, junto da pedra de armas (Barreto - Perdigão), que ali se encontra e que eram possivelmente do herdeiro dos fundadores.

O conto “O Morgado da Pedra Má”, de José Rodrigues Miguéis, passado em Góis, terra de naturalidade da mãe do autor, é baseado na sua pessoa.
Vendeu a Quinta da Capela, da qual já se desmembrara antes a do Baião, a Manuel Nogueira Ramos, feitor da mesma.
Não teve descendência, tendo sido seu herdeiro o sobrinho Francisco. A linha familiar continuaria assim apenas pelo lado de seu irmão André, dando origem a vários sub-ramos familiares.
Faleceu em Lisboa, na sua casa no Largo dos Brunos, nº 1, a 09.08.1869, com 53 anos de idade.
2 André Barreto Botelho Chichorro Perdigão de Vilas-Boas nasceu em Góis a 12.04.1820.
 Imagem

2.1 Francisco Barreto Botelho Chichorro de Vilas-Boas, n. em Góis em 1857, f. em Coimbra a 12.5.1927, sucedendo ao pai e ao tio.
Casou duas vezes, a primeira, e ainda menor, em 1876, com Maria Isabel de Melo Carvalho de Brito Gonzaga (Quinta da Arregaça, Coimbra), de quem se separou judicialmente.
A segunda vez, em 1923 (?), foi com Alice Machado, viúva e com filhos, sem geração neste matrimónio.
Do primeiro casamento houve:
2.1.2 Francisco Barreto Chichorro de Vilas-Boas, f. a 20.03.1879, com 3 anos.

2.1.2 Fernando Barreto Chichorro de Vilas-Boas, que faleceu com 10 anos.

2.1.3 Maria da Assunção Barreto Chichorro Vilas-Boas, n. a 09.07.1878, f. a a 18.11.1927.

2.1.4 Laura da Conceição Barreto Chichorro de Vilas-Boas, n. na Quinta das
Canas, Coimbra a 08.12.1880, f. em Coimbra a 18.01.1970.

2.1.5 André Barreto Chichorro de Vilas-Boas, n. a 11.06.1882, f. a 16.11.1927.
2.2 André Barreto Chichorro, n. em Góis a 05.07.1860, f. a 19.03.1917, solteiro
Foi Escrivão da Administração do Concelho de Góis e Presidente da Câmara Municipal de Góis.

2.3 Adelaide Sofia Barreto Chichorro Vilas-Boas, n. em Góis a 06.06.1861, f. a 31.05.1910, solteira.

2.4 Miguel Barreto Chichorro, n. em Góis a 17.08.1863, f. em Palmira, Minas Gerais, Brasil.
Viveu maritalmente, e possivelmente casou, com Raquel das Neves Carneiro, n. em Góis a 20.05.1860, f. em Coimbra. Raquel era filha de José das Neves Carneiro e Maria de Jesus Pomba, neta paterna de Fernando das Neves Carneiro e Ana Lopes e materna de António Antunes e Maria Pomba.
Dizia a sua neta Maria Alice que os avós teriam casado, já com os filhos mais velhos nascidos, aquando duma das suas vindas do Brasil para onde fora em busca de fortuna, tendo aí uma fábrica de borracha. No regresso ao Brasil duma dessas visitas, deu-se por enganado por um sócio e, falido, decidiu por termo à vida.
Foi proprietário duma Escola de Educação Física em Coimbra (v. folheto anexo).
Faleceu em Palmira, Minas Gerais, Brasil.
Miguel e Raquel tiveram cinco filhos:
2.4.1 Gastão Barreto Chichorro Vilas-Boas, n. em Góis a 03.04...
Casou com a parente Deolinda Bandeira das Neves Carneiro, n. em Góis, s, d,

2.4.2 Ema Barreto Chichorro Vilas-Boas , n. em Góis, f. em Lisboa em 1933.
Casou com Francisco Xavier da Mota, s.d.

2.4.3 Elyseo Barreto Chichorro Vilas-Boas, n. em Góis, f. em Lisboa em 1950, solteiro.

2.4.4 ? Barreto Chichorro Vilas-Boas (filho/a que teria morrido novo)

2.4.5 Alice Barreto Chichorro, n. em Góis em 1896, f. em Coimbra em 1977.
2.4.6 Maria Cândida Barreto Chichorro, f. em Coimbra, solteira. Foi sua herdeira a irmã Alice. Geria um atelier de costura.

2.5 Maria Cândida Barreto Chichorro Vilas-Boas, n. em Góis, onde faleceu nova.

2.6 Joana Barreto Chichorro Vilas-Boas, n. em Góis, onde faleceu nova.

2.7 Sofia Adelaide Barreto Chichorro Vilas-Boas, n. em Góis, onde faleceu nova.
 
 
 
A Quinta da Capela, situada já fora de Góis, era pertença dos Barreto Chichorro, uma das mais importantes famílias da vila no século XVII, que possuía um outro imóvel no centro da localidade e que hoje é a sede do município.
A Quinta da Capela deverá ser uma construção contemporânea da casa da vila, embora haja notícia de uma campanha decorativa do interior já do final da centúria seguinte. Trata-se de um imóvel de planta composta, em L, que acompanha os desníveis do terreno. Caracteriza-se pela depuração das suas linhas, com fachada principal marcada pela abertura, ao nível do andar nobre, de um conjunto de janelas de sacada encimadas por cornija. Correspondem-lhe no piso térreo, embora não em simetria, igual número de vãos que se dividem entre portas e frestas rectangulares. A fachada posterior, de piso único, forma um L, com porta de entrada no ângulo.
A capela, que conferiu à quinta a designação pela qual é conhecida, encontra-se num plano mais elevado, sendo antecedida por escadaria. De planta hexagonal, pauta-se igualmente pelas suas linhas muito depuradas, com portal principal de verga recta, encimado por óculo elíptico
 

Fontes:Blogóis e Góis memórias

Presidentes do Municípiode Góis-1859 a 2014

Presidentes do Município
(1835-2007)

-1859 Dr. Francisco António da Veiga Figueiredo Perdigão
1860-1861
João Simões Cortez
1862-1863
José Fernandes Antunes de Carvalho
1864-1865
João Simões Cortez
1866-1867 Dr. Augusto César Cortez
1868-1869
José Fernandes Antunes de Carvalho
1870 Dr. Herculano Pinto
187Nos períodos de transição política, a responsabilidade principal pela gestão do Município era de quem presidia a uma Comissão Administrativa, nomeada pelo Governo. E durante a II República, essa responsabilidade foi do presidente de uma Comissão Executiva, eleita pela Câmara Municipal.

Período da Monarquia Liberal
1835 Dr. José Joaquim Ferreira de Matos
1836 Dr. Martinho Caetano de Pontes
1837-1838 Dr. José Maria de Figueiredo e Veiga
1839 Manuel Inácio
1840 Manuel Joaquim de Paula
1841-1844 Dr. Francisco António da Veiga
1845 José Joaquim de Paula
1846 José Joaquim de Paula / Manuel Inácio
1847 Dr. Francisco António da Veiga
1848-1849 Manuel Joaquim de Paula
1850-1851 João Barata de Figueiredo da Cunha e Nápoles
1852-1853
André Barreto Chichorro Perdigão de Vilas Boas
1854-1855 Alberto Joaquim Carneiro
1856-1857
André Barreto Chichorro Perdigão de Vilas Boas
1858
1 (*)
1872-1873 Joaquim Rebelo da Costa Arnaut
1874-1877
José Fernandes Antunes de Carvalho
1878 António Maria Barata Lopes de Carvalho
1879 António da Cunha e Frias
1880 Dr.
Francisco António da Veiga Júnior
1881 Dr. José Nogueira Ramos
1882 José Fernandes Antunes de Carvalho Júnior
1883 Francisco José Beato Júnior
1884-1886
Manuel Nogueira Ramos
1887-1888
Comend. Joaquim Marques Monteiro Bastos
1889 Dr. António Martins Pinto e Cunha
1890-1892 José Fernandes Antunes de Carvalho Júnior
1893-1895
Comend. Joaquim Marques Monteiro Bastos
1896-1897
Francisco Inácio Dias Nogueira1898 Dr. Augusto César Cortez
1898-1901
Manuel Nogueira Ramos
1902-1904 Dr.
Diogo Barata Cortez
1905-1907
Francisco Inácio Dias Nogueira
1908 Dr. Augusto César Cortez
1908-1910
Francisco Inácio Dias Nogueira
Período da I República
1910-1914
Comend. António Torres Dias Galvão
1914-1916 Francisco R. da Mota Arnault -
Comend. António T. Dias Galvão
1917
José Barata Rodrigues - Comend. António Torres Dias Galvão
1918 José Francisco Mendes - Dr. Mário Fernandes Nogueira Ramos
1918-1919 Dr. Mário Fernandes Nogueira Ramos
1919 Dr.
José Afonso Baeta Neves
1919 Dr.
José Afonso Baeta Neves - Carlos Maria Cortez
1920-1922 Carlos Maria Cortez - Dr.
José Afonso Baeta Neves
1923-1925 Artur Augusto Cortez - Dr.
José Afonso Baeta Neves
1926
Padre Francisco Pereira Pinto - Dr. José Afonso Baeta Neves
 
Período da II República1926-1928 Dr. Francisco Pereira Zagalo
1928-1935 Dr.
Diogo Barata Cortez
1935-1937 Dr.
Rui Manuel Nogueira Ramos
1938 Dr.
Rui Manuel Nogueira Ramos
1938-1941 Dr. Alberto Leitão Costa
1941-1951 Eng.
Álvaro de Paula Dias Nogueira
1952 (**)
1953-1954
Acácio Mendes da Veiga
1954-1966 Dr.
Armando da Conceição Simões
1966-1967 Dr. Manuel Barreto de Almeida Leite
1968-1970
António da Rocha Barros Júnior
1970-1974 Dr.
Rui Manuel Nogueira Ramos

Período da III República
1974-1976 José António Pereira de Carvalho
1977-1979 Fernando dos Santos Almeida Carneiro
1980-1982 Victor Manuel Nogueira Dias
1983-1993 Engº. Augusto Nogueira Pereira
1994-2001 Dr. José Domingos de Ascenção Cabeças
2001-2009 José Girão Vitorino
2009- Drª Maria de Lurdes de Oliveira Castanheira

Ilustres de Chã de Alvares-VII


António Rebelo Tavares

 

Nasceu em Chã de Alvares, ou Alvares Cimeiro, como então se chamava, mais precisamente nas Tulhas a 11 de Fevereiro de 1658,filho de Isabel Tavares da Mota e Domingues Henriques Barata.

Por Alvará de 27 de Março de 1680 foi feito escudeiro, tendo ido á India foi aí acrescentado a Cavaleiro da Casa Real com 700 reis de moradia por mês e um alqueire de cevada por dia. Trouxe da India um presépio de estilo Indo-Português do seculo XVII em marfim, cuja altura de cada peça teria cerca de 30 cm.

Será um  neto seu, de nome Antonio Rebelo da Mota,nascido nas Tulhas no ano de 1753,que se une á familia Arnault,ao casar com Maria Joaquina Fonseca Arnault,nascida em Alvares em 1741,bisneta de Joana Arnault,tida como a primeira Arnault no Concelho de Alvares.Chega assim o apelido Arnault á familia Rebelo.

 Segundo  os genealogistas,o apelido Arnault terá vindo de Inglaterra ,na pessoa de William Arnold,fidalgo nascido em 1345,que acompanha Filipa de Lencastre para o seu casamento com D.João I.Este apelido aparece em Alvares pela primeira vez,quando ali são batizados os filhos de Joana Arnault,natural do concelho vizinho de Pedrogão Grande,casada com João Lopes,mercador de panos de linho e lã,que nascera em Alvares em 1640.